Tido como o responsável por queimar o corpo do jornalista Tim Lopes, morto em junho de 2002 no Rio de Janeiro, o traficante Elizeu Felício de Souza, o Zeu, tinha um histórico de crimes bárbaros que rendiam a ele a imagem de criminoso de alta periculosidade. Para a Polícia Militar, entretanto, as circunstâncias de sua prisão na tarde de domingo, quando foi flagrado escondido embaixo de uma cama no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, demonstram a sua fragilidade diante do cerco das forças de segurança.
"O Zeu, que era procurado há quatro anos pela polícia, foi preso embaixo da cama, protegido por familiares. Todos o viam como um traficante de alta periculosidade. Por essa cena, podemos concluir que eles (traficantes) são frouxos, são frágeis", afirmou o coronel Lima Castro, relações públicas da PM.
Segundo a PM, Zeu não estava armado e se entregou à polícia após ser cercado. O traficante foi condenado a 23 anos de prisão pela morte de Tim Lopes, mas estava foragido da Justiça desde 2007, quando conseguiu sair da cadeia graças a um indulto. Ele fazia parte da lista dos criminosos mais procurados pela polícia do Rio, com recompensa de R$ 10 mil para informações que levassem à sua recaptura.
Zeu também é suspeito de ter participado da invasão do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, e da ação que derrubou o helicóptero da Polícia Militar, em outubro do ano passado, segundo inquérito da Polícia Civil.
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