O presidente Luiz Inácio Lula da Silva preparou uma vitrine especial para que o seu afilhado político, o ministro da Educação, Fernando Haddad, faça um balanço da gestão e consiga reverter as críticas que têm sofrido por conta dos erros na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O objetivo de Lula é deixar o ministro em evidência e, assim, permanecer na equipe da Esplanada, desta vez comandada pela presidente eleita Dilma Rousseff.
O titular da Educação vai anunciar por um telão a abertura de 30 escolas técnicas federais e a entrega de 25 novos campus ligados a 15 universidades federais. Além disso, à tarde ele apresenta o resultado da segunda olimpíada nacional de português. Na solenidade, o governo distribuirá um relatório elogiando a gestão Haddad.
Na prática há poucos índices positivos de melhora da qualidade do ensino, mas ao longo de boa parte do governo, Haddad evitou atritos com Dilma quando ela comandava a Casa Civil. Em resumo, ele é apadrinhado por Lula e já teve o nome cogitado para ser o sucessor do presidente, antes de Dilma.
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