sexta-feira, 24 de junho de 2011

Obcecado por títulos, Ganso vira unanimidade com 90min de Seleção


Noventa minutos em um amistoso contra os Estados Unidos. Este foi o tempo de que Paulo Henrique Ganso precisou para convencer Mano Menezes de que é o homem para ser o camisa 10 da Seleção Brasileira. Depois da estreia do santista com a camisa verde e amarela no dia 10 de agosto de 2010, Ganso sofreu contusões que o tiraram de todo o ciclo inicial de Mano na Seleção, mas mesmo assim manteve sua condição de jogador especial intacta.

Dono de um futebol fácil, baseado em um toque de bola objetivo e visão de jogo invejável, o meio-campista logo virou unanimidade ao ganhar espaço no Santos no início de 2010. Era nome praticamente exigido para a Copa do Mundo e a opção de Dunga em deixá-lo fora ajudou no desgaste público do treinador.

Quando Mano assumiu a Seleção com o compromisso de renovação, a convocação de Ganso virou aposta certeira. Nos noventa minutos contra os Estados Unidos, mostrou desenvoltura, deu ritmo ao meio-campo e razão a quem via no jogador campeão da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista pelo Santos o nome perfeito para liderar a nova geração.

Veio a lesão que evidenciou ainda mais a sensação de carência que o Brasil tem com o simbólico camisa 10. Ronaldo, Romário, Ronaldinho e Kaká. Os últimos quatro ícones da Seleção podem até ter vestido ocasionalmente a numeração, mas nenhum deles ¿ comparações à parte ¿ possuía as características clássicas que consagraram Zico, Pelé e Maradona.

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