domingo, 30 de outubro de 2011

Cada pessoa nova é um fardo para o planeta, diz movimento da extinção


O relatório da ONU sobre o estado da população mundial -que, segundo as estimativas, chegou a 7 bilhões de pessoas- tem um tom que mistura celebração e preocupação. Apesar de ter um tom comemorativo, ele aponta os desafios para a qualidade de vida de todos que vivem no planeta e indica caminhos para atingir a sustentabilidade. Para um movimento fundado nos Estados Unidos, entretanto, não há caminho real para que os seres humanos vivam de forma equilibrada com o planeta, e a única forma de alcançar uma vida feliz para todos é o da extinção.

"Somos uma ameaça à vida na Terra. Já passamos da capacidade de manter uma vida sustentável no mundo há muito tempo. Cada pessoa nova é um fardo para o planeta. Não há motivo para celebrar a chegada a 7 bilhões de pessoas", disse Les U. Knight, um dos diretores do Movimento da Extinção Humana Voluntária (VHEMT), em entrevista ao G1.

A proposta do grupo é menos apocalíptica do que seu nome pode fazer parecer. O movimento não defende suicídios coletivos, ou um apocalipse voluntário, mas apenas promove a vida "sem reprodução", sem que sejam colocados novos seres humanos no mundo. A extinção ocorreria quando todos os humanos vivos hoje morressem naturalmente após uma "longa vida".

"O movimento é um estado mental. A única coisa que os membros do VHEMT têm que fazer é não se reproduzir. Para alguns, isso é um sacrifício. A cultura global incentiva a reprodução e é difícil lidar com esta ideia", disse. Ele ressalta, entretanto, que evitar a reprodução não é o mesmo que parar de ter relações sexuais, mas apenas incentivar o uso de métodos contraceptivos.

Segundo Knight, mesmo quem já tem filhos pode se apegar à ideia do movimento e fazer sua parte. "Não somos contra sexo e não somos contra crianças. Pelo contrário, achamos que precisamos cuidar muito bem das que já existem, e um dos passos para isso é evitar que surjam novas crianças."

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