
Dentre tantos atributos técnicos e físicos que um detentor de cinturão do Ultimate Fight Championship (UFC) deve ter para sustentar seu domínio entre os pesos-pena, José Aldo não titubeia ao fazer a autoanálise: "sou um cara muito pilhado, meu irmão", diz, batendo o pé, e girando a cadeira, já um pouco impaciente com a série de entrevistas para promover sua luta contra o americano Erik Koch, no UFC Rio 3, no dia 13 de outubro, no HSBC Arena, na zona oeste do Rio de Janeiro.
A "pilha" do lutador brasileiro é reforçada pelo longo tempo fora do octógono: a última luta foi em janeiro deste ano, quando nocauteou, ainda no primeiro round, o americano Chad Mendes, na segunda edição do UFC Rio. A quarta defesa de cinturão dos penas, contra Koch, deveria ter ocorrido em julho, em Calgary, no Canadá. Um estiramento na coxa, no entanto, aliado a um retorno precoce aos treinamentos, comprometeu sua preparação.
"É como se não tivesse acontecido nada, estou 100% recuperado e treinando forte como sempre treinei. Se precisar forçar a perna, forço mesmo. Pode até estourar (o músculo da coxa), mas não estou com medo disso. Sou um cara que deixo a adrenalina subir mesmo", diz, sempre agitado. "Vamos fazer nosso plano e ir para o ataque. Vou cair para dentro", completa.
Nesta entrevista exclusiva ao Terra, José Aldo se considera hoje um lutador de MMA muito mais maduro e se diz "um privilegiado" por lutar novamente no Rio de Janeiro, cidade que considera natal, muito embora tenha nascido em Manaus. "Quanto mais a torcida canta, mais doido eu fico", disse neste bate-papo, no qual o flamenguista de coração comemora ainda o retorno de Adriano à Gávea. Para quem vive as regras de um esporte que exige dietas aliadas com muito vigor físico nos treinamentos, vai um conselho.
"Minha dica para ele seria uma pergunta. Será que ele quer voltar a vencer? Se conseguir se privar dessas coisas de noitada, de festa, que é tudo passageiro na vida, ele vai chegar no campo e mostrar o que sabe fazer", diz, seguro.
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