As autoridades brasileiras já fizeram 15.321
solicitações de dados de usuários para o Google de 2009 a 2013, segundo
relatório da empresa. O país em que o Google recebeu mais pedidos foi os
Estados Unidos, que, somente entre julho e dezembro do ano passado,
contabilizou 10.574.
Em meio à polêmica de espionagem, a empresa
atualizou seu relatório de transparência mostrando os pedidos para
investigações criminais de todos os países. No total, as solicitações
dos governos aumentaram cerca de 120% desde que os números começaram a
ser publicados em 2009. “Embora nosso número de usuários tenha crescido
por todo esse período, também estamos vendo mais e mais governos
começarem a exercer suas autoridades para realizar solicitações”,
escreveu o diretor legal do Google, Richard Salgado, em post no blog
oficial da empresa.
A companhia divulgou o percentual de
solicitações atendidas integral e parcialmente, e o número de usuários
especificados nos pedidos. No segundo semestre de 2013, por exemplo, o
governo e tribunais brasileiros solicitaram dados de usuários para
processos e investigações 1.085 vezes. O Google enviou os dados em 49%
delas, somando 1.471 usuários. Os dados pedidos valem para serviços do
Google, como o Gmail e redes sociais, e para usuários do YouTube.
O recorde de solicitações do Brasil foi de
3.663 entre julho e dezembro de 2009, mas o Google não chegou a enviar
informações de nenhum usuário. Em seu blog, a empresa explica como
funciona o processo de solicitação de dados, e garante usar padrões
rigorosos para atender cada pedido, independentemente do tipo dele.
Recentemente, o Ministério Público Federal
denunciou dois diretores do Google Brasil por deixarem de cumprir ordens
judiciais em ações que envolviam a pornografia infantil no Orkut. Em
resposta, a empresa negou as acusações, afirmando que faz o possível
para colaborar com as investigações.
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