Lembra daqueles ferries gregos que chegariam em janeiro? Pois é. Só saíram de lá agora. Batizados de Dorival Caymmi e Zumbi dos Palmares, eles vêm a 25 km/h. Mas chegam. A Secretaria de Infraestrutura diz que em 30 dias estão por aqui.
Desde então, estão a caminho de Salvador, mas também é verdade que sem muita pressa. Navegam em uma velocidade média de 14 nós (o equivalente a 25 km/h). Mas Dorival e Zumbi têm desculpa para justificar a demora. De acordo com especialistas, o Mar Egeu tem muito tráfego marítimo, bancos de areias e pedras, o que torna a navegação complicada. É prudente, portanto, a lentidão.
Segundo a Agerba, os dois ferries levaram cerca de cinco dias para chegar de Piraeus a Malta, país do Mediterrâneo localizado ao Sul da Itália, onde fizeram a primeira parada. Mas agora que saíram da zona de maior movimentação, a expectativa é acelerar a viagem.
Mesmo assim, um detalhe técnico impede que ganhem muita velocidade. Um ferry vem puxando o outro, respeitando uma distância de segurança necessária que deve ser mantida. “Eles estão indo costeando a África. O último relatório que tivemos indicava que às 18h de quarta-feira de lá (13h no Brasil) estavam em Malta. A previsão toda da viagem é de 30 dias, mas depende das condições climáticas e de navegação”, contou, na quinta-feira, o secretário de Infraestrutura do estado, Marcus Benício.
Próximas paradas
Após margearem a costa da África, Dorival e Amado vão atravessar o Estreito de Gibraltar, que separa a Europa da África. A parada em Dacar, no Senegal, prevista anteriormente, foi cancelada. Ou melhor, substituída por uma pausa no arquipélago de Cabo Verde, para breve descanso da tripulação e abastecimento das embarcações com água potável e alimentos. Vão parar na Ilha da Praia, a maior do país africano.
Segundo a Agerba, não devem permanecer no local por mais de 24 horas, a não ser que as condições climáticas atrapalhem a navegação. É de lá, de Cabo Verde, a maior parte da tripulação. Cada ferry conta com nove pessoas na equipe, entre comandantes e chefes de máquina. Há também tripulantes gregos.
No Brasil
De Cabo Verde, os ferries partirão em linha reta até a costa da cidade de Natal, deixando para trás de vez seus antigos nomes: Theologos V e Panagiotis D. Só esse trecho deve consumir de oito a 10 dias da viagem. De Natal, vêm pela costa até chegar em Salvador, onde fixarão morada.
Por aqui, vão se dividir entre duas casas: uma no Terminal Marítimo de São Joaquim e outra no Terminal Marítimo de Bom Despacho. Para receber os novos moradores, já foram realizadas e concluídas pequenas obras no atracadouro da capital baiana.
De acordo com a Agerba, faltam terminar só os reparos de Bom Despacho, onde, assim como no terminal de Salvador, foi necessário a construção de um flutuante e uma rampa maiores. As reformas foram orçadas em cerca de R$ 9 milhões.
Apesar de os usuários do sistema ferry-boat estarem ansiosos para conhecê-los, isso não vai ocorrer de imediato. É que, após chegarem aqui, os ferries precisarão passar por vistoria da vigilância sanitária, desembaraço aduaneiro, ganhar bandeira brasileira e outros trâmites burocráticos.
Otimista, o novo secretário de Infraestrutura estima: “Em cinco dias úteis, acredito que já seja possível começar a operação, assim que tivermos, na próxima semana, uma previsão mais certeira da data de chegada, já vamos dar início ao processo burocrático”.
Durante esse semestre em que a data da vinda dos ferries tem sido adiada, o governo justificou a demora, primeiro, com um pedido de revisão dos contratos feitos pelo Ministério Público por conta de acusações de superfaturamento que não se confirmaram. Depois, burocracias com o Banco do Brasil dificultaram o repasse das parcelas da compra.
Esta semana, o secretário sinalizou que as adequações da embarcação demoraram mais do que o previsto. “O mais importante é destacar que temos tentado garantir a segurança dos recursos empregados”, garantiu Benício.
Eles ensaiaram, prometeram ser atração no Carnaval e no São João aqui em Salvador. E nada. Foram quatro promessas não cumpridas de aparecerem e, na verdade, só agora estão a caminho. Eles, Zumbi dos Palmares e Dorival Caymmi - como devem ser chamados os dois novos ferries gregos comprados no ano passado pelo governo baiano - avistarão terras baianas só em meados de julho.
Inicialmente, a viagem estava prevista pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Transportes da Bahia (Agerba) para janeiro. No entanto, o cronograma foi mudando e eles só foram lançados ao mar de Piraeus, na Grécia, no dia 8 de junho.
Inicialmente, a viagem estava prevista pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Transportes da Bahia (Agerba) para janeiro. No entanto, o cronograma foi mudando e eles só foram lançados ao mar de Piraeus, na Grécia, no dia 8 de junho.
Em...
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Agerba prometeu que os ferries chegariam...
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JANEIRO
| Em Fevereiro (para atender no Carnaval) |
FEVEREIRO
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No final de março (para começar a operação junto como início do contrato da Internacional Marítima)
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MARÇO
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e estariam operando em abril
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ABRIL
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Na segunda quinzena de maio para operar este mês (atendendo a Copa doMundo e o São João)
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Desde então, estão a caminho de Salvador, mas também é verdade que sem muita pressa. Navegam em uma velocidade média de 14 nós (o equivalente a 25 km/h). Mas Dorival e Zumbi têm desculpa para justificar a demora. De acordo com especialistas, o Mar Egeu tem muito tráfego marítimo, bancos de areias e pedras, o que torna a navegação complicada. É prudente, portanto, a lentidão.
Segundo a Agerba, os dois ferries levaram cerca de cinco dias para chegar de Piraeus a Malta, país do Mediterrâneo localizado ao Sul da Itália, onde fizeram a primeira parada. Mas agora que saíram da zona de maior movimentação, a expectativa é acelerar a viagem.
Mesmo assim, um detalhe técnico impede que ganhem muita velocidade. Um ferry vem puxando o outro, respeitando uma distância de segurança necessária que deve ser mantida. “Eles estão indo costeando a África. O último relatório que tivemos indicava que às 18h de quarta-feira de lá (13h no Brasil) estavam em Malta. A previsão toda da viagem é de 30 dias, mas depende das condições climáticas e de navegação”, contou, na quinta-feira, o secretário de Infraestrutura do estado, Marcus Benício.
Próximas paradas
Após margearem a costa da África, Dorival e Amado vão atravessar o Estreito de Gibraltar, que separa a Europa da África. A parada em Dacar, no Senegal, prevista anteriormente, foi cancelada. Ou melhor, substituída por uma pausa no arquipélago de Cabo Verde, para breve descanso da tripulação e abastecimento das embarcações com água potável e alimentos. Vão parar na Ilha da Praia, a maior do país africano.
Segundo a Agerba, não devem permanecer no local por mais de 24 horas, a não ser que as condições climáticas atrapalhem a navegação. É de lá, de Cabo Verde, a maior parte da tripulação. Cada ferry conta com nove pessoas na equipe, entre comandantes e chefes de máquina. Há também tripulantes gregos.
No Brasil
De Cabo Verde, os ferries partirão em linha reta até a costa da cidade de Natal, deixando para trás de vez seus antigos nomes: Theologos V e Panagiotis D. Só esse trecho deve consumir de oito a 10 dias da viagem. De Natal, vêm pela costa até chegar em Salvador, onde fixarão morada.
Por aqui, vão se dividir entre duas casas: uma no Terminal Marítimo de São Joaquim e outra no Terminal Marítimo de Bom Despacho. Para receber os novos moradores, já foram realizadas e concluídas pequenas obras no atracadouro da capital baiana.
De acordo com a Agerba, faltam terminar só os reparos de Bom Despacho, onde, assim como no terminal de Salvador, foi necessário a construção de um flutuante e uma rampa maiores. As reformas foram orçadas em cerca de R$ 9 milhões.
Apesar de os usuários do sistema ferry-boat estarem ansiosos para conhecê-los, isso não vai ocorrer de imediato. É que, após chegarem aqui, os ferries precisarão passar por vistoria da vigilância sanitária, desembaraço aduaneiro, ganhar bandeira brasileira e outros trâmites burocráticos.
Otimista, o novo secretário de Infraestrutura estima: “Em cinco dias úteis, acredito que já seja possível começar a operação, assim que tivermos, na próxima semana, uma previsão mais certeira da data de chegada, já vamos dar início ao processo burocrático”.
Durante esse semestre em que a data da vinda dos ferries tem sido adiada, o governo justificou a demora, primeiro, com um pedido de revisão dos contratos feitos pelo Ministério Público por conta de acusações de superfaturamento que não se confirmaram. Depois, burocracias com o Banco do Brasil dificultaram o repasse das parcelas da compra.
Esta semana, o secretário sinalizou que as adequações da embarcação demoraram mais do que o previsto. “O mais importante é destacar que temos tentado garantir a segurança dos recursos empregados”, garantiu Benício.
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