“Se eu pudesse escolher, escolheria outra seleção. Porque eu vi jogos do Chile, joguei contra e vi as qualidades. Algumas pessoas não viam dessa forma e achavam que o Chile seria descartado logo. Eu acho o mais difícil. Tem catimba, tem qualidade, organização”, declarou Felipão.
O encontro será sábado no Mineirão, o quarto em Copas do Mundo. E o retrospecto é todo favorável aos brasileiros. Foram três jogos até aqui. O primeiro pelas semifinais de 1962, com vitória da Seleção por 4x2. Depois, mais duas vitórias nas oitavas: 4x1 em 1998 e 3x0 na África do Sul.
Presente no duelo da Copa da França, o lateral Cafu acredita que o Brasil não vai encontrar a mesma facilidade de outrora. “O Chile tem uma seleção equilibrada, muito melhor que naquela época e chega com moral. Futebol muda a cada ano. O Brasil vai ter de jogar e correr muito para impor o resultado”, comentou.
E o pentacampeão tem razão. Nos últimos dois amistosos, ambos em 2013, o Chile deu trabalho para o Brasil. No Mineirão, mesmo palco da partida de sábado, um 2x2. Depois, no Canadá, triunfo da Seleção por 2x1.
Essa geração chilena merece respeito. A equipe é bastante ofensiva e conta com uma dupla de ataque arisca formada por Vargas e Sanchez. Esquema sem centroavante, apostando na mobilidade e velocidade dos dois.
O meio também é forte. O volante Aránguiz, do Internacional, tem feito um bom Mundial. Ainda tem Vidal. Mesmo sem estar na sua melhor forma física, o meia é o ponto de equilíbrio do time e faz a bola chegar com qualidade no ataque. A marcação é na base da pressão, sem deixar o adversário respirar.
ChefeO sucesso do Chile tem muito do dedo do técnico argentino Jorge Sampaoli. Discípulo de Marcelo ‘El loco’ Bielsa, de quem herdou o cargo no final de 2012, Sampaoli ganhou notoriedade após um bom trabalho com a Universidad de Chile.
Por lá, conquistou três títulos nacionais e uma Sul-Americana. Assim como Bielsa, monta equipes ofensivas e tem uma personalidade forte à beira do campo. O Chile é um rival que sempre foi freguês, mas pode surpreender.
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