quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Ataque de abelhas mata cães e fere moradores no Campo Grande

Um enxame de abelhas causou a morte de quatro cachorros e deixou moradores feridos na Rua Banco dos Ingleses, no Campo Grande, na segunda-feira. Os insetos, provenientes de um terreno baldio, invadiram a casa do produtor audiovisual André Nogueira, vizinho ao foco, e se espalharam por toda a rua.
“As pessoas saíram correndo, foi uma grande correria. O carteiro jogou as cartas no chão, foi um horror”, conta. André percebeu o ataque por volta das 13h, quando os cachorros começaram a latir muito e o irmão dele, o músico Artur Nogueira, começou a gritar, avisando que as abelhas tinham invadido o espaço onde os animais ficavam. 
André: órgãos públicos não atendem casos do tipo(Foto: Robson Mendes)
“Desci as escadas correndo e já vi as abelhas em cima dos cachorros, do meu irmão e da empregada”, lembra o produtor. O ataque começou do lado de fora da residência, onde fica o canil, que tem contato direto com o muro do terreno baldio, local em que as abelhas se concentram.
Para tentar salvar os cães, o músico e o produtor conseguiram levar quatro cachorros para dentro de casa, mas nenhum deles resistiu às picadas das abelhas. “Foi um inferno completo”, ilustra o produtor. A maior parte dos insetos entrou pelo basculante, que fica em frente à sala da casa.
“A gente conseguiu fechar a porta com as abelhas aqui dentro. Ainda tinham muitas. Foi aí que, do nada, vi aquela nuvem entrando”, lembra André.
Ameaça
Diante do desespero, ele se trancou no quarto da tia, de 74 anos, mas alguns insetos acabaram picando a idosa. Foi aí que ele tentou pedir ajuda para tentar solucionar a situação. “A casa infestada e eu ligando para Ibama, Coppa, Zoonoses, e sendo picado pelas abelhas e ninguém podia nos ajudar. A gente estava correndo risco de vida”, diz.
Apenas uma viatura da Polícia Militar esteve no local, três horas após o ataque, mas não chegou a tomar providências para eliminar a ameaça. Sem socorro, André teve que improvisar uma forma de se espantar os insetos.
“Lembrei que elas não gostam de fumaça, aí acendi incensos, depois juntei jornais e folhas e queimei. Só assim elas foram dispersando, aos poucos”, relata.
Como nenhum órgão público faz a retirada de enxames e colmeias, atualmente, André teve que ligar para uma empresa privada. “Eles fizeram o orçamento em 600 reais, mas ainda precisa fazer o serviço”, comenta. Enquanto isso, as abelhas continuam no terreno, próximo às plantas.

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