Fora do segundo turno, Marina Silva sinalizou, na
noite de ontem, que pode apoiar um dos candidatos à Presidência,
diferentemente da posição que tomou em 2010, quando se declarou neutra.
Em um espaço de eventos em São Paulo, ela afirmou que o programa de
governo que lançou é a base de qualquer diálogo e indicou na direção de
Aécio Neves (PSDB), da oposição, ao afirmar que “o Brasil sinalizou
claramente que não concorda com o que aí está” e que reivindica uma
“mudança qualificada”.
“É com esse senso de responsabilidade que
participarei como liderança. (...) Nós vamos fazer a discussão, mas
obviamente que estatisticamente a população mostra isso (sentimento de
mudança), não dá para tergiversar com o sentimento do eleitor”, afirmou,
respondendo ao questionamento se descartava o apoio a Dilma.
Antes do ato, Marina se reuniu com familiares e
assessores num hotel de São Paulo para acompanhar a apuração. Aliados
começaram a prospectar sua posição no segundo turno já na tarde do
domingo. Alguns afirmam que a ex-senadora deve seguir a posição de 2010,
quando não apoiou nenhum dos dois finalistas.
No entanto, há no partido quem defenda que ela
declare voto. Nesse caso, as maiores apostas são para a aliança com
Aécio Neves. Apesar de terem detectado a curva de crescimento do
tucano, o resultado final deixou muitos marineiros perplexos com o
desempenho da candidata, que lembra o do presidenciável Ciro Gomes (PPS)
em 2002 - ele chegou a liderar as pesquisas, mas desidratou no final.
Em números e percentual, a pessebista teve um resultado muito próximo ao
de 2010, quando foi candidata pelo PV.
Ponte Lula
Surpresos com o tamanho do crescimento de Aécio Neves na reta final do 1º turno, o comando da campanha de Dilma Rousseff vai tentar agora construir “pontes” com o PSB e Marina Silva. Os petistas vão atuar em duas frentes: enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi escalado para procurar a família do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos - morto em um desastre aéreo no dia 13 de agosto -, a cúpula da campanha vai investir na articulação com o seu maior aliado na legenda - o presidente do PSB, Roberto Amaral.
Surpresos com o tamanho do crescimento de Aécio Neves na reta final do 1º turno, o comando da campanha de Dilma Rousseff vai tentar agora construir “pontes” com o PSB e Marina Silva. Os petistas vão atuar em duas frentes: enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi escalado para procurar a família do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos - morto em um desastre aéreo no dia 13 de agosto -, a cúpula da campanha vai investir na articulação com o seu maior aliado na legenda - o presidente do PSB, Roberto Amaral.
Tucanos
Já, para o PSDB, discurso da mudança vai atrair a ex-ministra do Meio Ambiente de Lula. Aliados de Aécio Neves começam a esboçar uma lista de integrantes do PSB e do grupo político de Marina a ser procurados para construir as pontes de uma declaração de apoio da candidata derrotada.
Já, para o PSDB, discurso da mudança vai atrair a ex-ministra do Meio Ambiente de Lula. Aliados de Aécio Neves começam a esboçar uma lista de integrantes do PSB e do grupo político de Marina a ser procurados para construir as pontes de uma declaração de apoio da candidata derrotada.
Os tucanos apostam que os ataques da campanha
petista e o discurso mudancista de Marina vão levá-la a apoiar Aécio. O
diretório paulista do PSB é um dos caminhos para atrair o partido de
Marina. O presidente regional da sigla, Márcio França, foi eleito
vice-governador ao lado de Geraldo Alckmin. Fora isso, o PPS, que apoiou
a ex-ministra, é presidido por Roberto Freire, aliado tradicional do
PSDB. Outro alvo prioritário é o ex-tucano Walter Feldmann, conselheiro
político de Marina.
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