A reportagem conseguiu o telefone da denunciada, que admitiu trabalhar para Assunção, mas negou, a princípio, o aliciamento de eleitores. “Estou indo ali no Rio Vermelho, depois eu falo”, finalizou o primeiro contato com nossa reportagem. Em uma segunda ligação que fizemos, Bel confirmou: “Eu não estou fazendo boca de urna ainda, não. Estou com 150 fichas que vou distribuir hoje”. Questionada sobre o valor, respondeu: “É quarenta reais para cada um”. Ela ainda disse que a quantidade e o valor teriam sido acordados com uma mulher de prenome Paula. Admitiu ainda que estava se dirigindo ao comitê do deputado e candidato a reeleição, que está sediado no Rio Vermelho.
A assessoria de comunicação do parlamentar negou ter vínculo com alguém conhecida como Bel e que não faz esse tipo de pagamento, que é proibido por lei. “Ninguém aqui no mandato ou na equipe de campanha conhece essa Bel. Paula também não temos nenhuma”, informou a assessoria de Assunção.
“A gente não sabia para quem ia trabalhar. Mas sabia que ela era ligada a Valmir. Ela é uma picareta, isso sim. Muita gente estava confiando nesse dinheiro até para comprar comida aqui”, disse o anônimo, que revelou quanto receberia de Bel para comprar os votos: “Era pra eu receber 500 fichas, cada uma sairia no valor de 50,00 reais, o que daria 25 mil reais. Tirando 10,00, compraria [o voto] por 40,00 e sobraria aí uns 5 mil reais. Esse seria dividido entre eu e ela”.
O Bocão News obteve fotos dos documentos que seriam o controle de quem trabalharia para o "esquema", constando nomes, endereços, dados como número de telefone, CPF, título de eleitor, zona eleitoral e outras informações de envolvidos.
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