terça-feira, 5 de setembro de 2017

Contraventor Rogério de Andrade é alvo de atentado na Zona Oeste do Rio

O contraventor Rogério de Andrade sofreu um atentado na noite desta segunda-feira, no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O crime aconteceu próximo ao condomínio Greenwood. Ele estava chegando em casa quando sofreu o ataque. De acordo com o comando do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), a mulher do bicheiro, Fabíola de Oliveira, foi baleada no braço e encaminhada para o Hospital Barra D'OR, na Barra da Tijuca.

Apesar de ter sido alvo do ataque, Rogério de Andrade não foi atingido. Ele sofreu apenas escoriações. Esse não foi o primeiro atentado sofrido pelo contraventor. Em 2010, o carro de Rogério explodiu na Barra da Tijuca. O atentado resultou nas mortes de Diogo Andrade, de 17 anos, filho do contraventor, e de um segurança. Na ocasião, Rogério passou por uma cirurgia de reconstituição da face.

Já em 2001, na primeira vez em que sofreu um atentado, Rogério acusou Fernando Iggnácio de Miranda, genro do falecido contraventor Castor de Andrade e seu desafeto, como o mandante do crime. Ele chegava ao apartamento da namorada, num apart-hotel na Barra da Tijuca, quando foi surpreendido pelo cabo fuzileiro naval da reserva Eduardo Oliveira da Silva, de 48 anos, que estava escondido debaixo da cama do quarto que ocupava.

Rogério é patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, escola de samba campeã do carnaval de 2017 — título dividido com a Portela. Em entrevista ao EXTRA, após o desfile de 2015, o contraventor afirmou ser empresário.

— Eu tenho várias empresas: estaleiro, fazendas de café, imobiliária, mexo com festas. Vivo uma vida empresarial — disse o contraventor, na ocasião.

O bicheiro está em liberdade graças a um habeas corpus. Em 2008, ele foi condenado pela 4ª Vara Federal Criminal por formação de quadrilha, corrupção ativa e contrabando.

No ano passado, o EXTRA revelou, na série de reportagens "A guerra do jogo", que sete assassinatos ocorridos apenas em 2016 eram investigados como sendo parte de uma guerra na contravenção. Nos últimos dez anos, essa disputa deixou 48 mortos.

Nenhum comentário: