domingo, 1 de outubro de 2017

Advogada é estuprada após encontro via Tinder e faz alerta às mulheres

A advogada Ana Lúcia Keunecke, 43 anos, já foi estuprada três vezes. A primeira, quando tinha 8 anos, por um primo mais velho. A segunda aconteceu aos 23, depois que um “amigo” lhe ofereceu carona. E, por fim, no dia 21 de agosto deste ano, após marcar um encontro pelo aplicativo Tinder.

Antes da última experiência, Ana Lúcia já usava a sua história para ajudar outras mulheres. Se especializou em direitos sexuais e reprodutivos femininos para apoiar outras vítimas. “Minha vida era uma até o segundo caso acontecer comigo, depois se tornou outra. Mudou meu caminho e o meu olhar nunca mais foi igual”, revelou ao Metrópoles.

Por isso, quando foi estuprada pela terceira vez, o choque foi maior. “Sou militante, luto contra isso, sei como tudo funciona e todos os meus direitos. Não imaginava algo assim acontecendo comigo de novo”, revela.

Como relatou à revista Marie Claire, Lúcia se separou após 19 anos de casamento. Quando estava preparada para sair com outras pessoas, entrou no aplicativo de relacionamento. Conheceu um homem com quem trocou mensagens durante semanas, chegando inclusive a pedir RG e CPF, que foram prontamente enviados. Os dados, entretanto, eram falsos, ele enviou os documentos de um jogador famoso – mas isso ela só foi descobrir depois.

Quando se sentiu segura, a advogada convidou o pretendente para ir à sua casa. “Transamos e ele foi gentil. Lá pelas três horas da manhã, ele estava na varanda do meu apartamento e eu, nua, deitada na cama. Ele voltou agressivo. De uma maneira bem chula, falou que ia fazer sexo anal”, relata a vítima.

“Não queria, sugeri que a gente fosse dormir. Logo ele se debruçou sobre mim, segurou meu pescoço, o virou para não me sufocar no travesseiro e fez sexo anal. Pedi que parasse, mas ele respondia: “Fica quietinha”. Implorei novamente. Mas percebi que minhas reclamações não adiantavam nada. Ele fez sexo vaginal também. Fiquei olhando para um ponto fixo esperando aquilo tudo acabar”, relembra Ana Lúcia.

Quando finalmente o estuprador terminou o abuso, ela reparou que a região anal estava sangrando e entrou perplexa no banho. Ao sair do banheiro, o homem estava se vestindo e alegou não ter dinheiro para ir embora. Para se livrar rapidamente dele, Ana deu uma quantia.

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