terça-feira, 31 de outubro de 2017

Discussão por causa de um bolo provocou morte de fuzileiro naval

A investigação da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) revela que uma discussão por causa de um bolo causou a morte do fuzileiro naval Altamir de Almeida Neto, de 23 anos, no domingo, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. O militar levou um tiro nas costas após se desentender com o policial civil Alessandro Martins Hallas, que foi preso em flagrante pelo crime de homicídio. Altamir foi sepultado, nesta segunda-feira, no Cemitério municipal de São Gonçalo.

Na delegacia, Hallas alegou que o disparo foi acidental, já que sua intenção seria atingir o chão. A confusão que provocou a morte do militar ocorreu em frente a um bar, no bairro Mutondo. Segundo a investigação da especializada, a namorada do policial comemorava o seu aniversário e estava com um bolo na mão, quando uma mulher que estava com o militar se aproximou e disse que iria enfiar um dedo na torta. As duas começaram a discutir e os seus acompanhantes também entraram na briga. Ainda de acordo com o apurado pela Polícia Civil, o inspetor foi até o seu carro e buscou um revólver calibre 38.

A discussão prosseguiu e em determinado momento, a namorada do inspetor tropeçou e caiu junto com o fuzileiro. Nesse momento, Hallas atirou. A DHSG já está de posse de imagens de câmeras de segurança que flagraram o momento em que o disparo aconteceu.

A tese do inspetor de que ele agiu em legítima defesa não foi aceita porque, para os delegados da especializada, ele se colocou em risco ao se afastar da situação e retornar para o conflito.

Em julho, Alessandro Martins Hallas e um delegado tiveram que ser resgatados por policiais civis na Favela do o Carvão, em Itaguaí, na Baixada Fluminense. Na ocasião, Hallas e o delegado haviam deixado à 50ªDP (Itaguaí), em um carro da Polícia Civil, para irem jantar, quando entraram por engano no Morro do Carvão. Eles foram atacados a tiros por traficantes que preparavam um baile funk. Os dois policias se jogaram num barranco para fugir dos disparos, onde permaneceram escondidos por três horas.

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