terça-feira, 31 de outubro de 2017

Avião tenta pouso e acaba parando em barranco no Aeroporto da Serrinha

Um avião Embraer Phenom, prefixo PR-IVI, pertencente ao Hospital Dr João Felicio Ltda, derrapou no início da noite desta terça-feira (31) no Aeroporto Francisco Álvares de Assis, mais conhecido como Aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora, quando estava taxiando na pista. O piloto não conseguiu parar a tempo e bateu em um barranco.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o mau tempo pode ter ocasionando o acidente. Piloto e passageiro estavam no avião, mas ninguém se feriu e eles foram liberados.

"No momento chovia e a neblina estava baixa, por este motivo aviões não saíram mais cedo do local. Este avião em específico fez o pouso e o piloto conseguiu fazer retorno. Ele virou cerca de 120 graus pra esquerda e conseguiu fazer com que não ocorresse vítimas e nem danos mais graves", explicou ao G1 a tenente Priscila Adonay.

O Aeroporto da Serrinha é administrado pela Prefeitura de Juiz de Fora desde agosto deste ano. Procurada pela reportagem, a Administração informou por meio de nota que "assim que houve o incidente, todos os procedimentos foram adotados pelas equipes da Prefeitura e que os órgãos competentes já foram acionados para realizar a apuração das causas".
O G1 também entrou em contato com a administração do hospital em que a aeronave está registrada e aguarda retorno.

Por causa das condições climáticas, a retirada do avião está prevista para ocorrer nesta quarta-feira. Nesta quarta-feira, também, deve se pronunciar o Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).

À produção do MGTV, o presidente da Associação Pró-Serrinha, Alexandre Maestrini, disse que como o aeroporto não tem sala de operação, os aviões têm que se comunicar entre eles mesmos e também decidir por eles mesmos o que fazer. "Quando o tempo está ruim, por questões de segurança, os pilotos não pousam no início da pista e aproveitam mais o meio dela. E acredito que ele tomou essa decisão sozinho, com a pista molhada e baixa visibilidade. Como não tem operador no aeroporto, as luzes não foram ligadas", comentou.

Maestrini também informou ao MGTV que outros equipamentos, como a biruta, que indica a direção dos ventos, está rasgado por falta de manutenção. "São vários defeitos por falta de operação. Sem o operador, o piloto não consegue ter informações da pista, nem condições de pouso, nem do tempo. Sem o operador e equipamentos básicos para a decolagem, o pouso não fica à disposição do piloto, que tem que pousar apenas no visual", acrescentou.

Apesar do incidente, o presidente da associação disse que a Prefeitura deve o quanto antes colocar um operador para que acidentes mais graves sejam evitados. "A grande preocuração é com o início da operação da Passaredo em Juiz de Fora. A empresa espera começar a atuar no próximo dia 11 na cidade. Contudo, ainda não há empresa licitada para a operação no aeroporto", concluiu.

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