domingo, 28 de janeiro de 2018

Cinco pessoas baleadas na Chacina de Cajazeiras seguem internadas em hospitais de Fortaleza

Das nove pessoas baleadas durante a chacina que deixou 14 mortos no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza, na madrugada deste sábado (27), quatro passaram por cirurgias e seguem internadas, conforme boletim divulgado na manhã deste domingo (28) pelo Instituto Dr. José Frota (IJF). Uma outra pessoa - um homem de 24 anos - segue hospitalizada em estado grave no Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira, o Frotinha Messejana.

Oito mulheres e seis homens foram assassinados por um grupo que invadiu a danceteria "Forró do Gago" por volta de 1h30 (horário de Brasília). Segundo um policial militar e moradores do bairro que conversaram com o G1, vários homens armados chegaram em três carros, invadiram o local e dispararam tiros.

Um suspeito foi preso e um fuzil apreendido pela polícia, conforme a Secretaria da Segurança Pública do Ceará. Uma bomba de gás também foi encontrada pelos policiais no interior do local onde ocorreram as mortes. A chacina foi destaque na imprensa nacional e internacional.

Feridos
Ao todo, 10 pessoas foram atendidas no IJF com ferimentos à bala. Duas vítimas receberam alta hospitalar durante a tarde de sábado. Os outros feridos passaram por procedimentos e receberam alta hospitalar nesta manhã. Entre os que foram liberados está um garoto de 12 anos, filho de um vendedor de cachorro-quente que foi morto na chacina.

Maior chacina do Ceará
A chacina dentro do clube é considerada a maior do Ceará. Entre os 14 mortos, há um motorista do aplicativo Uber, um vendedor de cachorro-quente e uma comerciante. Os corpos foram levados pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e levados para a Coordenadoria de Medicina Legal (Comel). Os nomes também não foram divulgados pela polícia.

O secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, disse que as investigações ainda estão em andamento e negou especulações de que as mortes tenham relação com disputas entre facções. Segundo ele, a chacina foi "um caso pontual" e o "estado não perdeu o controle [do combate ao crime]".

O governador Camilo Santana se pronunciou oficialmente sobre o caso por meio de seu perfil no facebook. Camilo definiu a chacina como um "ato selvagem e inaceitável". O governador informou ainda que se reuniu com o secretário André Costa e com membros da cúpula da SSPDS para traçar ações de investigações sobre os crimes.

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