Um camelô de 55 anos, suspeito de estuprar a sobrinha de 7 anos, foi preso em flagrante nesta quarta-feira (24). O tio teria tocado as partes íntimas da criança na casa da avó da menina, no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste de Manaus. Outras pessoas da família relataram ter sido vítimas do suspeito.
O homem fugiu e foi encontrado pela Polícia Civil no bairro Santa Etelvina, na Zona Norte da capital. A identidade do camelô não foi divulgado para proteção das vítimas.
O estupro teria ocorrido enquanto o camelô secava o cabelo da menina após o banho, na tarde de quarta-feira (24). Segundo a polícia, o tio tocou as partes íntimas da menina, causando um ferimento. A avó da criança presenciou a ação do tio, que no primeiro momento tratou a atitude como uma "brincadeira".
De acordo com a polícia, depois de ser violentada, a criança foi para área externa da casa chorar e uma prima de 17 anos a encontrou. A menina contou o ocorrido e a adolescente comunicou a mãe da criança sobre a situação.
A vítima foi levada pela mãe para a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), por volta das 15h30. A menina relatou novamente os abusos e afirmou que não era a primeira vez. A criança disse que era ameaçada para não contar.
A delegada Juliana Tuma, titular da DEPCA, disse que o laudo confirmou que a menina foi violentada sexualmente. “Ela falou que não foi a primeira vez e o laudo confirmou isso. Ela não contava porque ele ameaçava de bater nela. Criança de sete anos se impressiona com esse tipo de ameaça, de bater, matar, de que ela é culpada e deu causa. Só conseguimos prendê-lo pelo encorajamento dessa familiar de 17 anos”, contou.
Depois que vítima foi ouvida, a equipe de investigação da DEPCA seguiu em busca do homem. Ele foi encontrado na casa dele, situada em um conjunto habitacional no bairro Santa Etelvina. O camelô foi preso em flagrante e autuado pelo crime de estupro de vulnerável.
“Quando a equipe de investigação chegou ao apartamento dele, ele demorou 40 minutos para abrir. Perguntamos dele por que demorou para abrir. Ele disse que, mesmo negando tudo, não abria porque sabia que era polícia. Ele estava consciente que tinha feito algo de errado”, disse a delegada.
Outras vítimas
Esse não é a primeira investigação de estupro de vulnerável que o camelô é alvo. Ele foi denunciado de ter estuprado a neta da ex-esposa. Os abusos sexuais teriam iniciado quando a menina tinha 8 anos. Aos 13 anos, a vítima revelou para a avó. A mãe denunciou o marido para polícia e se separou no ano passado.
“Durante o flagrante identificamos que não são só essas duas vítimas. Várias outras mulheres da família foram abusadas quando criança, por esse cidadão. Ele vem abusando intergerações dessas vítimas. A mãe dessa menina de ontem já foi abusada por ele, a mãe da vítima do ano passado já foi abusada por ele. Há relatos de várias outras vítimas da família e duas já foram confirmadas por laudos. São histórias muito conscientes”, afirmou delegada Juliana Tuma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário