Ironicamente, a mesma Justiça que anulou os votos da urna 7 e dá, até o momento, a vitória da eleição do Vasco para o grupo de Julio Brant, ofereceu brecha para que Eurico Miranda prolongue por ao menos mais seis dias sua gestão à frente do clube. Em São Januário, tanto situação quanto oposição dão como certa a permanência de Eurico no poder até o dia 22. E ninguém deverá se opor a isso.
Na noite de sexta-feira, comunicado do Vasco informou que o presidente do Conselho Deliberativo, Luis Manuel Fernandes, dará entrevista coletiva segunda-feira, às 16h, na Sede Náutica da Lagoa, para anunciar a convocação da reunião. O despacho da juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, na última quinta, determinou que ela ocorra entre os dias 15 e 22. A última data é a que deverá ser a escolhida por Fernandes.
Caso isso se confirme, o Vasco deverá seguir com Eurico como presidente por mais seis dias além do fim do mandato, que acaba na próxima terça-feira. Seria uma solução improvisada - não há nada no Estatuto do clube que determine que o presidente vigente deva permanecer no cargo, caso seu mandato acabe sem que outro mandatário tenha sido eleito.
No rigor da lei, o Vasco passará seis dias sem um presidente legítimo no poder. Entre o grupo de Julio Brant há a ideia de que não vale a pena acionar a Justiça para tentar resolver a lacuna criada entre o fim do mandato atual de Eurico e a reunião do dia 22. Qualquer movimento poderá gerar recursos por parte da oposição e criar mais uma disputa judicial, sendo que, a principal, a respeito dos votos da urna 7, está vencida, ao menos por enquanto.
Isso porque a diretoria atual recorreu ao Superior Tribunal de Justiça para tentar reverter as decisões do Tribunal de Justiça do Rio a respeito da urna maldita. A expectativa é de ter entre segunda e terça-feira uma resposta de Brasília.
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