sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Mãe de jovem morta por prima em churrasco diz que alertou a filha dias antes: 'Não sentia paz'

A mãe da jovem Elisandra Vitória Cássia de Oliveira, que morreu após ser esfaqueada pela prima durante um churrasco em dezembro do ano passado em Pilar do Sul (SP), afirmou ao G1 que 15 dias antes do assassinato havia alertado a filha que não estava sentindo paz sobre a amizade dela com a ex-namorada da prima.

O caso foi registrado no dia 2 de dezembro no bairro Boa Vista. A prima de segundo grau da vítima, Amanda de Oliveira Nunes Gabriel, de 19 anos, foi presa logo após o crime.

“A Amanda, que é acusada por matar minha filha, tinha ciúme porque minha filha ficou muito amiga da ex-namorada dela. Mas a Elisandra não tinha relacionamento com a ex-namorada. As duas eram muito amigas, só isso. Só que eu não sentia paz nessa amizade, ainda mais porque a Amanda tinha um ciúme doentio. Dias antes do assassinato falei que era para ela deixar essa amizade de lado, que ia destruir a vida dela um dia. E foi o que aconteceu”, diz Fabiana Aparecida Proença.

Testemunhas contaram à polícia que a confusão começou após Amanda ter chegado no churrasco, sem ter sido convidada. Durante a briga, a vítima agrediu a suspeita com uma enxada.

"Ouvimos duas pessoas que estavam no local. Elas afirmaram que a Amanda chegou no sítio sem ter sido convidada, e a Elisandra, prima dela, não gostou quando a viu. Após ela ter agredido a Amanda no queixo, a acusada pegou uma faca e agrediu Elisandra no peito", afirmou o delegado Milton Andreoli.
Para a mãe, ainda é difícil acreditar na morte da filha, que deixou uma menina de apenas seis meses.

“Ela tinha muito sonhos e deixou uma filhinha linda e o companheiro. Era o sonho dela ser mãe. A prima dela acabou com minha família. Acabou com a minha vida. Minha filha nunca mais vai voltar para realizar seus sonhos. Ainda não consigo acreditar e, na minha cabeça, ela está viajando e não morta”, lamenta.

Ainda segundo Fabiana, seu único desejo é que a Justiça seja feita.

“Ela era minha melhor amiga, minha filha querida. Não desejo a morte da que fez isso com a minha filha. Mas desejo Justiça. Quero que ela pague na cadeia o que fez, porque ela conseguiu acabar com a minha vida. Ela destruiu sonhos’, diz.

Motivação
Segundo o delegado que investiga o caso, ele acredita que o crime não tenha sido premeditado.

"Foi motivação passional. Após ouvirmos as testemunhas, ficou claro que foi um crime pelo calor das emoções. Não foi premeditado. A jovem, inclusive, não tem passagem pela polícia."

Amanda Nunes foi presa por homicídio qualificado e está à disposição da Justiça.

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