A perícia criminal avaliou, em pouco mais de um Terabyte (1.024 Gigabytes) o material pornográfico do fotógrafo de 30 anos, suspeito de estuprar e ainda filmar a filha de 12 anos, em Campo Grande. Segundo a delegada Marília de Brito, responsável pelas investigações, o inquérito está em fase de conclusão e o suspeito deve responder por três crimes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
"O material é muito vasto e a perícia teve de avaliar documento por documento. Ainda não é possível dizer a periodicidade em que ele baixava os vídeos, porém, a quantidade é muito grande. Ele vai responder pelos artigos 240, 217 A e 241, referentes aos crimes de produzir material pornográfico, disponibilizar e armazenar este tipo de material, além de estupro contra a filha", afirmou ao G1 a delegada.
Entenda o caso
O fotógrafo foi preso no dia 22 de março, suspeito de estuprar a filha de 12 anos e ainda filmar os crimes. Ele também armazenava centenas de fotos e vídeos envolvendo outras crianças - supostamente retirados da internet -, segundo a delegada Marília, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
Os materiais estavam armazenados em um HD, mas outros equipamentos, como computador e celular, também foram retidos durante busca e apreensão feita com autorização da Justiça na casa do suspeito. À polícia confirmou que o homem fazia registros da filha, mas não manteve relação sexual com ela. "Apesar dele falar que não teve relação com a menina, configurou estupro porque houve ato libidinoso, que também pode ser classificado como estupro", explicou na ocasião a delegada.
O fotógrafo estava sendo investigado desde fevereiro, após a avó materna registrar boletim de ocorrência devido à criança relatar o que estava acontecendo. Imagens e vídeos mostram a garota nua. Em um dos registros, o pai aparece se masturbando na frente da filha.
Além da menina de 12 anos, o suspeito ainda tem outra filha, de 8 anos, que, de acordo com a polícia, não teria sofrido abuso. Os crimes, segundo os investigadores, aconteciam quando a garota ia para a casa do pai e no momento em que a madrasta não estava.
Ele já havia sido indiciado por estupro, mas ainda vai responder pela produção pornográfica envolvendo criança, além da prática de armazenamento desse tipo de material. A pena pode chegar a 27 anos de prisão, conforme a polícia.
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