quinta-feira, 22 de março de 2018

Filha de jovem jogada em represa viu crime e fez relato à avó: 'Mamãe está na água, não no céu'

A criança de dois anos que foi abandonada em uma rua de Sorocaba (SP) ajudou a polícia na investigação que prendeu o suspeito Celso Rodrigues Nunes, de 33 anos, na terça-feira (20). Segundo a polícia, Celso jogou a mãe da menina, Juliana Jovino, em uma represa em Votorantim (SP). O corpo dela foi encontrado em dezembro do ano passado.

De acordo com o delegado Gilberto Montenegro Costa Filho, responsável pelo caso, o suspeito e a vítima tinham consumido drogas e ela desmaiou. O delegado acredita que, achando que a jovem estava morta, Celso colocou-a no carro junto com a menina de dois anos e dirigiu até a represa, onde jogou a jovem, que acabou morrendo afogada. Após o crime ele abandonou a menina em uma rua na cidade vizinha, Sorocaba, e fugiu.

Após ser encontrada, a criança foi levada à delegacia e chegou a ficar oito dias em um abrigo. Segundo a avó, que cuida dela atualmente, a menina falou sobre a morte da mãe, o que indica que ela testemunhou o crime.

"Depois de algum tempo [da morte de Juliana], achamos que ela estava melhorando, mas mesmo assim perguntava muito da mãe. Uma dia nós dissemos: 'A mamãe está no céu'. Ela disse: 'Mamãe está na água, não no céu'. O tio do carro vermelho deixou ela lá", conta Maria Aparecida Jovino.

O laudo toxicológico feito em Juliana confirmou que ela usou drogas antes de ser deixada desacordada na represa pelo suspeito e morrer afogada.

"Ela vai crescer sem a Juliana, mas vamos fazer o possível para darmos a melhor vida para ela. A minha filha não vai voltar, mas minha neta ganhou quatro mães", diz a avó. Juliana tinha mais três irmãos.

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