A vegetação, marés e o cheiro do mangue dificultam as buscas pelos corpos das três mulheres mortas e decapitadas no sábado (3), no limite entre as cidades de Fortaleza e Caucaia, no Ceará. A polícia investiga se uma briga de facções motivou a tortura e morte das três. As informações foram repassadas pelo 7º Distrito Policial na manhã desta quinta-feira (8). As buscas serão retomadas na tarde desta quinta-feira (8).
Uma das mulheres sofreu uma série de mutilações. As três foram decapitadas. Retiradas do bairro vizinho, foram levadas para a área de mangue e, antes da tortura, foram obrigadas a negar que participam de uma fação que atua na capital. Os criminosos filmaram o crime, e postaram o vídeo em redes sociais. Os três primeiros presos, na terça-feira (6), confessaram a tortura e o assassinato. A suspeita é de que cinco pessoas mataram as jovens.
“Até o presente momento é questão de facção o fato que levou essas mortes. Até porque da forma como estão fazendo é com toda essa tortura com toda esse flagelo das vítimas. Tortura, decapitação, esgorjamento, tudo aquilo ali que parece coisas de extremista e de terrorista”, disse um policial civil que participa das investigações e prefere não se identificar.
A geografia do local dificulta os trabalhos da polícia, segundo o investigador. Os corpos podem ter sidos arrastados pelas marés. Outra dificuldade é a mata. O cheiro do mangue também prejudica o farejamento dos cães. Foram encontrados pedaços de roupas, mas não se sabe de são peças usadas pelas vítimas.
Participam da operação equipes do Corpo de Bombeiros do Ceará (CBMCE), Seção de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (Sbresc) e dois cães farejadores. "Já estou com reunião com oficial do Corpo de Bombeiros e tenho certeza a impressão que conseguimos encontrar esses cadáveres hoje”.
Suspeitos
A polícia identificou o quinto suspeito de participar da morte das três mulheres. De acordo com a polícia, é um homem de 19 anos. Ele conseguiu fugir do Parque Leblon antes da chegada das equipes policiais. A polícia também solicitou a prisão preventiva do rapaz à Justiça.
“O quinto suspeito já foi identificado e não só foi identificado como já foi encaminhado ao Judiciário o pedido de prisão preventiva para ele. Então neste sentido a gente, assim a investigação está praticamente concluída”, disse um policial civil.
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