Trocar o fluido do freio é uma medida que deve ser tomada uma vez por ano ou a cada 18 meses, mas muita gente só se dá conta disso quando o sistema começa a falhar, o que pode ser muito perigoso. O fluido de freio transmite a pressão que aciona pastilhas e lonas contra os tambores e discos, fazendo com que o carro responda corretamente ao acionamento do pedal. Quando está desgastado, ou baixo demais, pode ferver e causar um colapso no sistema.
O fluido trabalha como líquido condutor e lubrificante dos mecanismos de freio. Como esta parte do automóvel esquenta muito, ele é constituído de forma a suportar – e diminuir, quando necessário – o calor entre 200º e 270º. A temperatura no conjunto de freios varia conforme a potência do carro. Motores mais potentes exigem mais do sistema, elevando também a temperatura.
Por absorver naturalmente a umidade externa, o fluido de freio acaba puxando junto com a água uma quantidade de bolhas de ar que interfere em sua função. Quando há bolhas demais, o motorista pode comprimir mais ar do que líquido ao pisar no freio, desgastando disco e pastilhas e, eventualmente, perdendo o controle do carro. Daí a recomendação de renovar o fluido de freio pelo menos a cada ano e meio, mesmo que ele não tenha baixado de nível.
Ao trocar o fluido, verifique antes no manual do carro qual é o DOT indicado para ele. DOT é a sigla para Department of Transportation, órgão norte-americano que padronizou o produto em três níveis: DOT 3 (acima de 205ºC), DOT 4 (acima de 230 ºC) e DOT 5 (acima de 260 ºC). Em veículos de passeio, são usadas apenas as duas primeiras opções, e elas não devem ser misturadas entre si.
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