Salvador recebe os representantes do Comitê Organizador Local (COL) da Copa 2014 nesta quinta-feira (20). Como problema nunca vem sozinho, o foco das cobranças mudou da crítica ao projeto dos estádios para o modo como as arenas serão financiadas.
No começo da semana passada, a reclamação do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, jogou para os arquitetos a culpa na demora das obras ao dizer que o atraso era causado pelos projetos arquitetônicos dos estádios. No fim da semana, Teixeira, ameaçou mais uma vez as cidades que estão com o cronograma atrasado e disse em coletiva que “aquelas sedes que não provarem a viabilidade econômica para o estádio estarão fora do processo".
Volta e meia leio os comentários sobre o Mundial e ainda me espanta a maneira que alguns leitores se referem aos nordestinos como inaptos para o Mundial, incapazes de tocarem as obras de infraestrutura exigidas. O último que li em uma matéria sobre essa declaração de Ricardo Teixeira, dizia respeito ao fato de Salvador, Recife e Natal ainda não terem recebido o carimbo de OK da Fifa.
O leitor escreveu que os “nordestinos não souberam fazer o dever de casa” possivelmente não saiba que aqui em Salvador, ao menos, o dever de casa está em andamento. As obras da Nova Fonte Nova esperam apenas a liberação de licenciamentos ambientais para de fato começarem. Enquanto isso, o canteiro já foi arrumado.
Sobre financiamentos, sem falsa modéstia, podemos dizer que fomos os primeiros a conseguir votar a contratação de empréstimo para as obras do estádio. Dos R$ 400 milhões aprovados, ao menos R$ 50 milhões já foram adiantados pelo Governo da Bahia para o consórcio responsável pelas obra. Esse e outros leitores esqueceram de uma equação é simples: as sete cidades-sedes já como aval da Fifa foram aprovadas porque foram avaliadas. Salvador ainda não.
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