quarta-feira, 19 de maio de 2010
Settran defende acordo que mantenha equilíbrio do sistema de transporte
A Secretaria de Transporte e Trânsito de Itabuna vem intermediando as negociações entre empresas e rodoviários, exigindo que as concessionárias busquem negociar de forma equilibrada. “Estamos preocupados com os trabalhadores rodoviários, mas não podemos deixar de atentar para o sistema de transporte urbano como um todo”, frisa.
O titular da Settran, Wesley Melo, observa que, à medida que se eleva o custo do sistema, a tendência é de que os valores sejam embutidos na planilha tarifária de custo operacional e consequentemente repassados para a tarifa. Ou seja, a população de nossa cidade é quem vai pagar por alguma negociação que venha a promover desequilíbrio econômico-financeiro do sistema.
“Nosso papel como gestor público é garantir o direito da população e defender os seus interesses. Por isso, estamos incentivando o diálogo e, juntamente com o Ministério Público do Trabalho, tem buscado intermediar o acordo coletivo entre patrões e sindicato”, afirma o secretário, acrescentando que “de maneira nenhuma, vamos aceitar aumento de tarifa nesse momento”.
Melo ressalta que o transporte público de uma cidade é um serviço essencial e deve ser tratado com respeito e responsabilidade por todos os envolvidos. “Não podemos admitir que haja interesses políticos das partes, pois os únicos prejudicados são os usuários, que pagam para que todo esse sistema funcione”, frisa.
Histórico
A passagem de ônibus em Itabuna custava R$ 0,60 no ano 2000, sendo que transportava 1.900.000 passageiros pagantes a cada mês; no final de 2004, a passagem já custava R$ 1,20, o que significou um reajuste de 100% num período de quatro anos. De acordo com números da Settran, no ano de 2005 o sistema já se apresentava queda progressiva no número de passageiros pagantes (1,2 milhão por mês), com a manutenção dos custos operacionais.
Foram adotadas várias medidas para reestruturar o sistema e evitar aumentos excessivos, inclusive buscando-se elevar o número de passageiros nos ônibus. No final de 2008, a passagem passou a custar R$ 2,00, com um reajuste de 66% no mesmo período de quatro anos, menor que no igual período anterior.
A tarifa não é reajustada há dois anos. “Com a implementação de estudos técnicos elaborados por uma empresa de Curitiba, pretende-se manter esse equilíbrio, não onerando mais a tarifa”, assegura Melo.
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