A circuncisão reduz em 60% o risco de infecção pelo vírus HIV, razão para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) promova a cirurgia em vários países africanos, embora reconheça que não é uma solução definitiva contra a doença.
A proposta foi feita pelo diretor regional da OMS em Brazzaville (Congo), o ugandense David Okello, nesta terça-feira, em Viena, que disse haver "evidências científicas suficientes para promovê-la como um dos métodos para se prevenir a aids".
Okello alertou que a circuncisão, cuja operação custa aproximadamente US$ 50, não é um "preservativo natural" e que a intervenção cirúrgica deve ser acompanhada por um intenso trabalho de esclarecimento, principalmente sobre o uso de preservativos.
A organização americana Population Services International (PSI), que faz circuncisões, já operou cerca de 60 mil homens desde 2008 em países africanos como Quênia, Suazilândia, Zâmbia, Botsuana e Zimbábue.
Pesquisas posteriores feitas com uma amostra de seis mil homens revelaram que a intervenção reduziu o risco de infecção pelo vírus HIV. No entanto, as mulheres mantêm o mesmo risco de exposição à doença se tiverem relações sexuais sem proteção com homens circuncidados.
O magnata Bill Gates, fundador da Microsoft, também financia uma campanha de circuncisão na África. Em seu discurso ontem na Conferência Internacional Aids 2010, em Viena, o fundador da Microsoft falou que "o custo de não se fazer nada é muito superior ao dos programas de circuncisão".
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