O Tribunal Regional Federal decidiu ontem que as provas do Enem valeram. Agora as dúvidas dos estudantes, que antes eram sobre Física, Química ou Matemática, são outras: quem terá ou não o exame validado e quem será obrigado a refazer.
Caso a decisão seja mantida, cerca de dois mil alunos serão atingidos em todo Brasil. O Ministério da Educação (MEC) disse que se encarregará de identificar e convocar os candidatos que tiveram problemas com as provas. “Vamos ter de fazer leitura eletrônica de todas as atas de 113 mil locais, um trabalho difícil, minucioso, que já se iniciou”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad. Para saber se isso dará certo, só aguardando o resultado de um imbróglio que está longe de terminar.
Com a decisão, proferida pelo desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, os gabaritos foram liberados e a página de reclamações no site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (www.inep.gov.br) também. Quem tiver se sentido prejudicado pelos erros nas provas, pode contactar o órgão pelo endereço.
Para justificar a decisão, Faria defendeu que a suspensão do exame traria transtornos aos organizadores e candidatos e o prejuízo financeiro para os cofres públicos ficaria em torno de R$ 180 milhões. Segundo o MEC, o método usado na elaboração das provas garantirá o mesmo nível de dificuldade do exame aplicado no fim de semana passado. Pelo sistema, o grau de dificuldade de cada pergunta é testado com alunos antes de ser incluído no exame. Questões com maior índice de acerto são consideradas mais fáceis, e as com menor, vão para a lista das mais difíceis.
O impasse com o Enem não prejudicou o processo seletivo das principais instituições de nível superior baianas. Isto porque a maioria das faculdades particulares já utilizariam o Enem de 2009. Já a Universidade Federal da Bahia (Ufba) pretende manter o Enem na seleção, mesmo que atrase o calendário. A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) não utiliza o exame como requisito de aprovação.
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