A audácia dos traficantes no emprego da violência e no uso de armas pesadas não é uma novidade no cotidiano da população do Rio de Janeiro. Porém, para especialistas, a contundência da resposta do Estado à série de ataques orquestrada por facções criminosas ao longo da semana foi surpreendente.
Conforme o consultor da Secretaria Nacional de Segurança, Vinícius Cavalcanti, o Rio de Janeiro vive a maior mobilização policial de sua história. "Foram chamados agentes de todo o Estado, policiais civis e militares em férias, em folga e licenciados", afirmou.
A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro disse que os atentados contra, principalmente, a rede de transporte público e veículos privados ocorreram em represália à instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em favelas da capital carioca, um processo iniciado em dezembro de 2008.
Cavalcanti prevê que a implantação das UPPs deve provocar mudança de feição no tráfico de drogas do Rio de Janeiro. "As quadrilhas vão continuar sendo violentas e fratricidas entre si, mas não poderão mais ostentar fuzis, metralhadoras e domínio de território. Serão vendas discretas por encomendas."
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