O dono da loja de confecções flagrado pela polícia com cerca de 800 Kg de lixo hospitalar se apresentou na noite de domingo (23) à Delegacia de Furtos e Roubos da cidade de Ilhéus, região sul da Bahia. A delegada Andreia Oliveira colheu depoimento do suspeito, que durou cerca de uma hora e meia. Ele chegou à unidade policial acompanhado do advogado e, segundo a delegada, não acrescentou novidades às investigações.
"Ele não adicionou muitas coisas do que já havia sido relatado pelo filho. Questionei sobre a presença de algumas peças manchadas, aparentando ser sangue, bem como outras peças, como os jalecos, que tinham etiquetas com código de barra e nomes de médico e enfermeiro, mas ele respondeu que não examinava peça por peça, por conta da grande quantidade", informa a delegada. Andreia Oliveira diz ainda que o suspeito reafirmou ter comprado o material na ponta de estoque da empresa Geisa Tex, de São Paulo. "Até hoje ele acha que são novas", comenta.
O inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído, a partir da data da instauração, ocorrida em 19 de outubro. Para isso, a delegada aguarda o resultado da perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e o posicionamento da Geisa Tex. O depoimento da empresa fornecedora deverá ser colhido pela polícia de São Paulo. "Foram cerca de 44 instituições com logomarcas encontradas nesse material. São outros estados, o que demoraria muito a conclusão do inquérito. Preferi ouvir apenas a Geisa Tex porque ela foi citada no depoimento. Mas vou pedir a colegas de outros estados que investiguem essas instituições", explica.
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