
A situação do ministro dos Esportes, Orlando Silva, começa a se complicar. Por decisão da presidente Dilma Rousseff, Silva não será interlocutor do governo nas negociações da Copa do Mundo de 2014 e na tramitação da Lei Geral do Mundial no Congresso. A partir de agora, as decisões relativas ao evento ficarão centralizadas no Palácio do Planalto, nas mãos da presidente e da chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
A decisão de limitar as ações do ministério foi tomada diante do desgaste do ministro com a denúncia de que estaria envolvido num esquema de corrupção na pasta. Embora o futuro de Orlando ainda esteja indefinido e vá depender do desenrolar das acusações, o certo é que ele já perdeu poder. Na prática, o ministro passará a ser informado das providências a serem tomadas no Planalto. Dilma não está satisfeita com o trabalho de Orlando.
Na segunda-feira (17), ainda na África do Sul, a presidente ficou irritada com o que leu na imprensa e chegou a telefonar para um auxiliar a fim de saber quem disse que ela aprovava o trabalho do ministro. Dilma, na realidade, afirmou apenas que considerava suficientes as primeiras explicações dadas por ele em relação às denúncias.
Logo que assumiu o mandato, em janeiro, Dilma cogitava cuidar da realização da Copa por considerar Orlando muito próximo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na prática, segundo o jornal Estado de São Paulo, a presidente nunca quis proximidade com a CBF por avaliar que a entidade exige privilégios que ela não pretende conceder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário