quinta-feira, 6 de outubro de 2011

TST manda 40% dos funcionários dos Correios voltarem ao trabalho


O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazen, determinou nesta quinta-feira que a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) mantenha em atividade um contingente mínimo de 40% dos empregados em cada unidade operacional dos Correios. O objetivo é o atendimento dos serviços inadiáveis da comunidade. Se a decisão não for cumprida, a entidade terá que pagar multa diária de R$ 50 mil.

Na mesma decisão, Dalazen também determinou que a audiência no TST entre a direção dos Correios e representantes dos trabalhadores da empresa, marcada para a próxima segunda-feira, seja antecipada para amanhã. Na reunião, ambas as partes vão tentar chegar a um acordo para evitar que o dissídio coletivo da categoria seja julgado pela tribunal.

Na última terça-feira, a empresa e os trabalhadores participaram de uma audiência de conciliação no TST e chegaram a um acordo sobre os principais pontos da greve, que dura 23 dias. Mas os 35 sindicatos da categoria não aceitaram os pontos acordados e mantiveram a paralisação.

O ponto de discordância entre os Correios e os grevistas é o desconto de seis dias não-trabalhados e o aumento real retroativo a agosto deste ano. A ECT havia aceitado devolver o valor relativo aos seis dias de salário e fazer o desconto em 12 parcelas a partir de janeiro do ano que vem. Em contrapartida, os representantes dos grevistas abririam mão de receber o abono de R$ 500 e aceitariam incorporar o ganho real de R$ 80 a partir de outubro em vez de retroativamente a agosto. Os dias parados restantes seriam compensados por jornadas aos sábados, domingos e feriados, sem desconto em folha de pagamento.

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