quinta-feira, 24 de maio de 2012

Justiça vai decidir amanhã novo salário de rodoviários


Enquanto patrões e empregados não se entendem, o povo baiano terá mais um dia de muita paciência e sacrifício. Ontem, não houve nova rodada de negociação e o impasse deverá ser resolvido somente amanhã, quando o Tribunal Regional de Trabalho (TRT) julgará o caso, às 14h.

A vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Graça Laranjeiras,
decidiu antecipar o julgamento do dissídio coletivo, que estava previsto somente para a segunda-feira, diante dos transtornos provocados para a população.

Para hoje, a expectativa dos empresários e da prefeitura é de que os rodoviários cumpram a determinação da Justiça de pôr nas ruas 40% da frota de 2.742 ônibus nos horários habituais e 60% nos horários de pico.

O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Setps) anunciou ontem que teve a garantia de que a Polícia Militar faria a segurança dos veículos que iriam pegar em casa motoristas e cobradores responsáveis por conduzir os ônibus. Segundo o assessor de relações sindicais do sindicato, Jorge Castro, ontem os ônibus foram impedidos de sair das garagens pelos grevistas. “Botamos os transportes, mas eles quebraram ônibus, fizeram a maior balbúrdia”, diz.

Mas, segundo o chefe do Departamento de Comunicação Social da PM, capitão Pitta, a instituição já tinha montado ontem um esquema de segurança. “A PM está lá para dar apoio aos rodoviários que quiserem trabalhar, mas não podemos forçar o rodoviário a sentar e dirigir o ônibus”, destacou o Capitão Pitta.

O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários (Sintroba), Euvaldo Alves, negou que tenha havido o impedimento da saída dos veículos. “Fomos para as garagens para cumprir a ordem judicial, mas não tinha ônibus para os trabalhadores chegarem às garagens”, explicou.

Como a frota mínima ordenada pela Justiça não foi às ruas ontem, a Transalvador irá enviar hoje ao TRT um comunicado do descumprimento da ordem judicial, o que acarretará em uma multa de R$ 50 mil para o Sintroba. O sindicalista Euvaldo Alves afirmou que deverá recorrer. “Vamos apresentar nossa defesa, a culpa aí não é do sindicato”, assegurou.

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