domingo, 26 de agosto de 2012

Governo da Venezuela confirma 39 mortes em explosão em refinaria


Uma explosão na madrugada de sábado na principal refinaria da Venezuela, localizada na região noroeste, deixou 39 mortos, a maioria deles militares que cuidavam da segurança do complexo, e dezenas de feridos. "Até este momento, a cifra é de 39 compatriotas que estão no necrotério do hospital da previdência social: 18 são membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), 15 são civis, a maioria familiares dos guardas (...) e há seis corpos não identificados", disse o vice-presidente venezuelano, Elías Jaua.

Mais cedo, o próprio Jaua havia informado 26 mortos, sendo 17 membros da Guarda Nacional, na explosão da maior refinaria do país, localizada no Estado Falcón. A detonação ocorreu aproximadamente a 01H11 local (03H41 de Brasília).

A onda expansiva da explosão, provocada por um vazamento de gás, afetou principalmente o complexo habitado por um comando da Guarda Nacional Bolivariana, encarregada da segurança da refinaria, assim como várias instalações vizinhas, explicou Jaua, em declarações ao canal oficial VTV. "Foi uma explosão na área de armazenamento, produto de um vazamento de gás que, pelas condições climáticas que reinavam, ficou acumulado na área e, diante de uma fonte de ignição, explodiu", detalhou, por sua vez, Ramírez, depois de fazer um reconhecimento das instalações.

O acidente gerou um incêndio em várias áreas da refinaria, mas o fogo foi controlado, segundo ainda Ramírez, explicando que a enorme fumaça negra que persiste sobre o complexo se deve a alguns resíduos de hidrocarbonetos nos tanques e que é preciso esperar até que se consumam por completo. "Temos conhecimento de que existem muitas famílias afetadas, que estão fora de suas casas, que foram evacuadas ou que assumiram elas mesmas a evacuação. Vamos executar o plano de assistência para elas", afirmou o número dois do governo.

A refinaria se encontra numa zona residencial e com comércios, onde moram trabalhadores do complexo com seus familiares, assim como famílias pobres que se instalaram nas áreas periféricas. Segundo a governadora de Falcón, Stella Lugo, ao menos "200 residências foram afetadas" pela explosão e o posterior incêndio. O governo já criou abrigos para receber os evacuados. A ministra da Saúde, Eugenia Sader, revelou que alguns feridos continuam internados e estão sob observação, outros foram transferidos para uma unidade de queimados num hospital do estado vizinho de Zulia e 75 foram liberados porque só tinham queimaduras leves.

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