O juiz Vilmar José Barreto Pinheiro foi condenado nesta
semana pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal
e Territórios à aposentadoria compulsória. Ele ficou famoso por mandar
prender os integrantes da banda Planet Hemp em 1997 por apologia às
drogas. O magistrado foi acusado pelo Ministério Público (MP) do DF de
receber propina de R$ 40 mil para conceder liberdade provisória a um
traficante em Brasília.
Além de mandar prender os membros da banda, o juiz
também proibiu shows e venda de discos no Distrito Federal. O juiz foi
afastado em processo que se arrastou durante dez ano. A partir de agora,
ele não poderá mais exercer a magistratura, mas continua recebendo
salário de mais de R$ 28 mil.
Em um texto no Facebook, o Planet Hemp afirmou que o
caso é um retrato "da hipocrisia e falso moralismo da sociedade
brasileira". "Se não uma ironia, ao menos uma escancarada safadeza do
poder Judiciário brasileiro. Até quando a sociedade dará ouvidos a
discursos recheados de interesses e financiados não só pela corrupção,
mas pela falta de esclarecimento geral da população? Bater no peito e
levantar bandeiras contra as drogas é fácil, ainda mais com o auxílio da
mídia atenta em manipular e instigar o senso comum", disse a banda, por
meio de um texto.
"Desintoxique-se! E, ao falar isso, não estamos nos
referindo a nenhum tipo de substância. Desintoxique a sua percepção!
Preste atenção em quem realmente diz ser a voz da justiça desse país,
condenando a liberdade de expressão de forma atroz e reflita se é essa a
representação que você realmente aceita para si", completou o Planet
Hemp no Facebook.
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