Um material que costuma ser usado na fabricação de fogos de artifício foi encontrado nesta sexta-feira (17) durante o trabalho de remoção dos escombros
de um prédio que desabou em Periperi, no Subúrbio, depois de uma
explosão ontem. A descoberta reforça a hipótese de que a explosão foi
causada por conta de uma fábrica clandestina de fogos de artifício.
A existência da fábrica foi negada por vizinhos. Em
imagens exibidas pela TV Bahia, pessoas da comunidade tentaram retirar o
rolo do material encontrado da mão de guardas municipais. O material
será enviado para perícia.
"Estamos aí nas proximidades do São João, na época
que normalmente se comercializam esses fogos, principalmente espadas.
Então a hipótese mais coerente hoje é que tenha havido ali realmente a
manipulação de pólvora para confecção de espadas", disse à TV Bahia o
delegado Nilton Borba, que investiga o caso.
A Defesa Civil decidiu que não vai demolir dois
prédios vizinhos, como anunciou que faria ontem. "O prédio ao lado que
teve dois pilares seccionados, foi notificado o proprietário para
promover o escoramente metálico e estabilizar a construção e
posteriormente reconstituir esses dois pilares. Ele não vai ser
demolido, desde que cumpra as recomendações técnicas", explica a
engenheira Zenilka Galvão.
O mecânico Marivaldo Barbosa é apontado pela polícia
como proprietário do imóvel. “No andar térreo funcionava a oficina
dele e um armarinho da filha. No segundo andar era o estúdio de música
onde começou a explosão, e, em cima, uma residência”, explica o capitão
Bruno Von Czekus Soares, subcomandante da 18ª Companhia Independente
da PM (Periperi). Maria Carvalho Barbosa, esposa de Marivaldo, teve
escoriações leves. O músico Danilo Lima, que estava no segundo andar,
morreu na hora. Três pessoas ficaram feridas.
Os sobreviventes e o proprietário do prédio serão ouvidos pela polícia.
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