O Sindicato dos Rodoviários divulgou nesta quarta-feira (29) edital de
convocação de assembleia geral extraordinária para o dia 5 de junho com a
seguinte pauta: “autorização para a diretoria da entidade, a partir da
realização desta assembleia, decretar e deflagrar greve geral, por tempo
indeterminado no setor público de transporte”.
A assembleia
será realizada em dois turnos – manhã e tarde-, no auditório do
Sindicato dos Eletricitários da Bahia (Sinergia), no bairro de Sete
Portas, em Salvador, e nas delegacias da entidade em Jequié, Candeias, e
Alagoinhas.
Segundo Daniel Mota, diretor de imprensa do
Sindicato dos Rodoviários, os trabalhadores voltaram a se reunir na
manhã e na tarde desta quarta, na sede do Sinergia, e rejeitaram as
propostas do Setps e da Abemtro de reajuste de 3,21% para 4,13% e 4,5%,
respectivamente. “Os trabalhadores apoiaram a proposta da direção de
recusar a proposta dos empresários e definiram que mantêm a
mobilização”, diz.
Ainda de acordo com o diretor, não há
paralisação prevista para os próximos dias, porém, a partir da próxima
semana, os rodoviários voltam se reunir nas portas das garagens, como ocorreu no último dia 16.
“Até este final de semana a população pode ficar despreocupada, mas, no
início do mês, no dia 2 ou 3, a gente vai para a rua. Esta cidade pode
acordar com atrasos temporariamente. Desta vez, diferente de anos
anteriores e em respeito à população, nós estamos avisando”.
Segundo
Mota, se não houver uma contraposta até o dia 5 de junho, a greve é
inevitável: “é clara esta possibilidade se não tiver um acordo plausível
antes. Se chegar à greve, a responsabilidade fica no colo da
prefeitura, do secretário de transporte e dos empresários".
Além do aumento salarial de 15%, os trabalhadores pedem redução da
jornada de trabalho para 6h, ticket alimentação de R$ 15 trinta dias por
mês e nas férias, assistência médica e odontológica para titulares e
dependentes paga pelos patrões, gratificação de Carnaval, fim da
cobrança de avarias, das terceirizações e da dupla função - motorista
que é cobrador.
Eles também reivindicam o cumprimento da Lei
Federal do Descanso (nº 12.519/2012), que estabelece que para cada
carga-horária de 7h cumprida pelos motoristas, estes devem descansar uma
hora. “O motorista não tem nem espaço físico para cumprir este
descanso", afirma Mota.
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