Em alguns casos, as hienas contribuem para manter um
certo equilíbrio na capital, reduzindo a população de gatos selvagens e
cães vadios. Elas também ajudam a "limpar" as ruas, se alimentando da
carcaça de cavalos e outros animais. Mas a população de hienas tem saído
do controle das autoridades locais. Hoje ela está estimada entre 300 e
mil.
O governo etíope diz que as hienas são perigosas. Em
2011, os administradores do aeroporto da cidade contrataram caçadores
para matar hienas que invadiam as pistas aéreas durante pousos e
decolagens. Moradores próximos ao cemitério Ketchene também reclamaram
de hienas que cavaram buracos no local e se alimentaram dos restos de
pessoas mortas enterradas lá.
As hienas costumam caçar em bandos. Um guarda noturno da
Embaixada britânica na Etiópia disse ter visto uma fila de 40 hienas
caçando nas redondezas. A principal ameaça é aos moradores de ruas. Um
voluntário em um posto de saúde disse que algumas vezes ao mês ele
atende pessoas sem-teto que tiveram dedos arrancados por hienas.
Um morador de rua chegou à clínica com seu couro
cabeludo parcialmente arrancado por um dos animais. No ano passado, uma
mulher que morava próximo à igreja St. Stephanos e a um hotel da cadeia
Hilton perdeu o filho. O bebê foi arrancado de seus braços por hienas.
Em dezembro, as autoridades de Adis-Abeba organizaram um
abate. Dez caçadores licenciados mataram dez hienas que estavam vivendo
em um terreno baldio no coração da cidade. Meia dúzia de tocas também
foram detectadas perto do centro da cidade.
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