A Terapia de Reposição de Testosterona
foi banida pela Comissão Atlética do Estado de Nevada, mas está longe de
ser esquecida nas artes marciais mistas – esporte que mais contou com
atletas licenciados para uso do tratamento nos Estados Unidos.
A TRT estará presente na vida dos
usuários e deixará marcas indeléveis naqueles que se beneficiaram do
aumento de testosterona. De acordo com Neil Goodman,
presidente do Comitê de Endocrinologia Reprodutiva da Associação
Americana de Endocrinologia Clínica, os competidores que faziam uso da
TRT não terão o mesmo rendimento.
“Todos os lutadores que perderam a
permissão para fazer uso da TRT e que decidirem competir se apresentarão
com níveis baixíssimos de testosterona no corpo e não conseguirão
render no mesmo nível em que estavam acostumados”, disse Neil ao site Bleacher Report.
O Doutor Goodman explica que os
ex-usuários da reposição hormonal precisam receber doses de testosterona
sintética para elevarem o nível ao padrão normal. Sem a terapia, os
níveis da testosterona praticamente desaparecerão, e o endocrinologista
aponta mais dificuldades para os lutadores.
“Os músculos ficarão muito mais fracos e
flácidos, e os atletas engordarão muito. Eles terão com comportamento
depressivo e sentirão fadiga constante. Será horrível, e eu me sinto mal
por eles. Não será fácil passar por isso”, explicou o especialista.
O médico diz que os problemas serão
proporcionais à quantidade e ao tempo que a substância foi ministrada. A
combinação da testosterona sintética com outras drogas torna o
diagnóstico complexo, mas Neil Goodman não afirma que todos os pacientes
terão problemas sérios.
O banimento da Terapia de Reposição de Testosterona atingiu diretamente o lutador Vitor Belfort,
que disputaria o cinturão dos pesos médios contra Chris Weiman, no dia
24 de maio. O brasileiro estava prestes a pedir isenção para fazer o
tratamento durante a preparação para o principal combate do UFC 173, mas
em vez de formalizar o pedido, foi substituído por Lyoto Machida para
limpar o organismo da droga sintética.
A organização teve de fechar os acordos
comerciais de promoção do evento, e como não há tempo previsto para
Belfort se adequar às novas regras – um médico, que não teve o nome
revelado, lhe disse que serão necessários noventa dias – não pode
esperar a obtenção da licença para o atleta da Blackzilians lutar em Las
Vegas. Informações do Blog Mano a Mano.
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