sábado, 28 de janeiro de 2012

PMDB deve perder comando de diretorias da Petrobras


Depois do ruído entre o Planalto e o PMDB que culminou na antecipação da saída de Elias Fernandes da direção do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), o próximo atrito esperado entre o Planalto e o maior partido da base aliada deve se dar em diretorias da Petrobras. Segundo interlocutores da Presidência, com a entrada de Maria das Graças Foster na presidência da estatal, o PMDB poderá perder mais espaço no baixo escalão do governo.

Ontem, Fernandes pediu demissão após o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), ter desafiado o Planalto dizendo que não deixaria que seu afilhado político saísse com a pecha de corrupto. A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou suspeitas de irregularidades de mais de R$ 300 milhões em projetos do Dnocs.

Segundo fontes do Planalto, o governo já estava negociando com Henrique Eduardo Alves "uma saída honrosa", que deveria acontecer na semana que vem. O tom "intempestivo" e "impulsivo" do líder teria apressado a saída de Fernandes da autarquia.

Apesar de circular em Brasília a informação de que a próxima baixa do PMDB seria a presidência da Transpetro, sob comando de Sérgio Machado - afilhado político do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) -, no Planalto o que se diz é que se trata de um boato. Para acalmar os ânimos com o partido, o ministro peemedebista de Minas e Energia, Edison Lobão, chegou a convocar uma entrevista para dizer que Machado está "mais firme ou tão firme quanto o Pão de Açúcar".

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