quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Denúncias derrubam baiano de cargo no Ministério das Cidades


O chefe de gabinete do ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), foi demitido ontem do cargo, dois dias depois de a Folha de S.Paulo revelar sua participação em negociações com um empresário e um lobista interessados num projeto milionário do ministério. Cássio Peixoto era homem de confiança do ministro e também é da Bahia, reduto eleitoral de Negromonte.

Foi levado ao ministério para assessorá-lo depois de ser diretor, por indicação do PP, da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) no governo do petista Jaques Wagner. A exoneração de Peixoto não foi a pedido, segundo portaria publicada no “Diário Oficial”. O Ministério das Cidades disse em nota que ele saiu “por estar desmotivado”.

A queda dele foi encarada como um sinal de enfraquecimento do ministro por integrantes do seu partido, o PP. Cotado para deixar o cargo na reforma ministerial em curso, Negromonte estaria fazendo movimento de entregar a cabeça de auxiliares em troca de preservar a própria. Segundo aliados, o próximo passo seria a exoneração do secretário-executivo, Roberto Muniz, também da Bahia e aliado do ministro. O ministério nega.

Para se manter, Negromonte repassaria ao Palácio do Planalto a escolha do novo secretário-executivo como forma de acalmar os ânimos da presidente Dilma, que tem considerado sua gestão ineficiente. Entretanto, Negromonte ainda teria de negociar com o próprio PP sua permanência. O grupo adversário dele na legenda trabalha para escolher um outro nome.

De acordo com a reportagem, houve reuniões entre a cúpula do PP e o empresário Luiz Carlos Garcia, da Poliedro Informática, para discutir um projeto milionário do ministério. O chefe de gabinete recebeu o empresário e o lobista Mauro César dos Santos no ministério em agosto.Informações Correio

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