Mesmo com inquéritos tramitando contra si no Supremo Tribunal Federal (STF), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RO), relator do projeto conhecido como Ficha Limpa, disse nesta terça-feira não temer a aprovação do texto que proíbe candidaturas de políticos que tenham sido condenados pelo Poder Judiciário. O senador governista, que disse pretender colocar o projeto em votação na quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), já teve problemas na própria gestão Lula por conta de suas pendências com a Justiça.
Em 2005, então ministro da Previdência, teve de deixar o primeiro escalão do Executivo federal por pressão da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Ele era suspeito de fornecer fazendas inexistentes como garantia para conseguir um empréstimo de R$ 3,5 milhões junto ao Banco da Amazônia (Basa) para sua empresa.
Jucá chegou ao ponto de ter de se explicar por três vezes à comissão e de responder a perguntas espinhosas, e considerava ter "força moral" para coordenar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e combater suas fraudes. Sucumbiu ao bombardeio, deixou o Executivo e retornou ao Congresso.
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