Para o fumante, acender um cigarro enquanto está preso no trânsito podem ser uma forma de aliviar o tédio ou a tensão. Mas o hábito, além de colocar a saúde em risco, tira a concentração de quem dirige e aumenta o risco de acidentes. Uma recente pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que o cigarro é o segundo principal fator de distração do motorista – só perde, curiosamente, para as brigas de crianças no banco de trás. De acordo com esse estudo, 76% dos motoristas admitiram se distrair frequentemente enquanto estão dirigindo, por vários motivos (veja a lista abaixo).
O risco de acender um cigarro ao volante se deve principalmente ao fato de obrigar o condutor a usar apenas uma das mãos para controlar o veículo, enquanto dá as suas tragadas. Como o artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro exige o uso das duas mãos para dirigir, abrindo exceção apenas para as mudanças de marcha, o acionamento de equipamentos auxiliares (como faróis e limpadores de para-brisa) e a sinalização de alguma manobra com o braço, o motorista que fuma é tão infrator quanto aquele que fala ao celular. Uma pesquisa feita em Brasília com 1 500 motoristas demonstrou que fumar ao dirigir eleva em 20% os riscos de se envolver em um acidente de trânsito.
Além de tirar a concentração do motorista, o ato de fumar pode lançar a brasa do cigarro contra passageiros do próprio carro, motociclistas e pedestres. Mais que isso, somando-se as tragadas a outro péssimo hábito, o de atirar as bitucas para fora da janela, provocar incêndios às margens das ruas e rodovias. Não há estatísticas precisas sobre as causas desses focos de incêndio, muito comuns no inverno brasileiro, quando o tempo está mais seco. Mas não há dúvida de que o cigarro é o principal responsável por eles.
O que mais distrai os motoristas | |
Separar uma briga dos filhos | 26% |
Apagar cigarro | 22% |
Usar o laptop | 21% |
Conversar com um passageiro | 18% |
Falar ao celular | 13% |
Pesquisa do instituto americano Opinion Research Corporation International |
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