Eleito novo presidente do Fluminense na noite desta terça-feira, para o triênio 2011-2013, Peter Siemsen demonstrou preocupação com a situação financeira do clube logo após a confirmação de sua vitória nas urnas sobre o secretário estadual Julio Bueno. Aos 43 anos, o advogado, que assume a direção tricolor a partir do dia 15 de dezembro, colocou como principal meta do mandato amenizar a dívida atual, estimada em R$ 320 milhões.
"A primeira medida que vou tomar será organizar uma auditoria. Ela será o marco zero da minha gestão. Quero ter a noção de como está o clube financeiramente, qual o tamanho da dívida e em quais setores do clube ela está", prometeu Siemsen, em sua primeira entrevista após a vitória. Derrotado em 2007, o cartola se tornou o primeiro a vencer as eleições como candidato da oposição desde 1996.
Siemsen afirmou que sua maior preocupação está nos bastidores, já que tem boas chances de assumir o clube dez dias do título brasileiro. Entre suas outras metas estão uma relação ainda maior com a patrocinadora (o presidente da Unimed, Celso Barros, apoiou Peter) e ampliar o quadro de sócios. "Sei que não terei problemas com o futebol do clube, pois temos um bom time e um patrocinador muito forte. O que me preocupa no Fluminense é a administração. Na minha opinião, esse será o grande problema".
Outro que foi visto em festa nos bastidores do clube foi Celso Barros, que comemorou a vitória de seu candidato. "O Fluminense estava precisando de uma nova gestão e se estruturar novamente. O Muricy mesmo sempre pede um CT", disse o presidente da Unimed, que deu um abraço emocionado no novo presidente bem antes do anúncio oficial. A expectativa de eleição tensa, com troca de acusações dos dois lados, não se confirmou (a presença de um procurador de Justiça do Ministério Público foi suficiente para fiscalizar o pleito).
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