quarta-feira, 30 de março de 2011

Deputada quer “inibir” músicas perjorativas


A deputada estadual Fátima Nunes (PT) decidiu travar discussão numa esfera polêmica, que cai na subjetividade.

Durante reunião na comissão dos direitos da mulher, a parlamentar propôs a “inibição” de canções pejorativas em relação ao “sexo frágil”.

Fátima quer mergulhar na semântica da “novíssima poesia baiana” e justifica: “é importantíssimo que a gente discuta mais sobre as letras dessas músicas. Quantas vezes ouvimos canções que desqualificam a mulher e indiretamente promovem a violência contra elas? É uma coisa absurda e eu não posso me calar, conformar e dizer que isso é normal”.

Opinião do blog.

O verbo “inibir”, usado pela deputada, sugere também proibição e censura, medida que a Constituição Brasileira não admite, uma vez que garante plena liberdade de expressão, seja ela como for, do jeito que for. Os caluniados ou difamados que recorram à justiça, e busquem provar que o crime foi cometido.

Talvez, Fátima Nunes esteja levando a sério músicas que apelam para o humor. Resta saber se todas, ou, quantas mulheres ficam ofendidas, da mesma forma que ela.

O máximo que a deputada pode fazer é encabeçar uma campanha contra as letras das músicas, cobrando dos autores mais cuidado no trato com as mulheres. Ou então, pedir que as mesmas não ouçam as canções. Qualquer atitude que tente proibi-las, além de não ser da competência da parlamentar, fere o direito à liberdade de expressão, princípio básico garantido em nossa Carta Magna.

Além do mais, para ela um refrão pode ser ofensivo, mas para outra pode ser apenas uma piada.

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