Salvador pretende se tornar a cidade com mais quilômetros de ciclovias do país, ampliando a malha cicloviária de 20km para 217km de extensão. Essa é uma das propostas do projeto ‘Cidade Bicicleta, Mobilidade para Todos’, promovido pela Companhia de Desenvolvimento Urbanístico da Bahia (Conder) em parceria com a Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa do Mundo Fifa 2014 - Secopa.
Porém, quem utiliza a bicicleta na capital baiana, seja para meio de transporte, treinos esportivos ou lazer, sofrem principalmente com os riscos que a cidade propõe.
“A maior dificuldade de andar de bicicleta em Salvador é lidar com um público que dirige veículos automotores. A forma para que isso dê certo, é a conscientização das pessoas. Ainda enfrentamos a falta de consciência dos motoristas automotivos. Ainda vemos nas ruas, motoristas alcoolizados e que não respeitam as bicicletas”, diz o arquiteto José Nobre Neto.
Neto tem conhecimento de causa. Em abril de 2011 ele foi atropelado por um motorista de 19 anos que dirigia embriagado. O arquiteto, que é ciclista há mais de 15 anos, foi atropelado enquanto treinava com o grupo de triatlo que participava em Salvador. Ele fraturou os ossos da perna, ficou internado, fez cirurgia e ficou dois meses de repouso. Com um filho de dois anos em casa, Neto ponderou e resolveu deixar de andar de bicicleta em Salvador.
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