O deputado federal Romário voltou a polemizar sobre os responsáveis pela organização da Copa do Mundo de 2014, especialmente o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. Em entrevista concedida ao programa do jornalista Jorge Kajuru, na TV Esporte Interativo, o ex-jogador contou um segredo do estreito relacionamento que tinha com o dirigente, que o teria traído às vésperas do Mundial de 2002, quando o ex-atleta havia sido cortado.
"Não boto minha mão no fogo pelo Ricardo Teixeira. Ele apertou minha mão e disse que eu ia para a Copa do Mundo (2002), que seria convocado pelo Luiz Felipe (Scolari). Disse isso para ele, aí ele me falou: 'o treinador é o Felipe, mas aqui quem manda sou eu'. Apenas o cumprimentei e disse: 'vou acreditar na sua palavra, acabou'. Isso um dia antes. Depois, vimos o que aconteceu'", afirmou o agora deputado federal, antes de contar sobre a repentina mudança de opinião do dirigente.
"Segundo ele, o motivo foi que ele ficou com raiva por que achou que eu tinha combinado com a Globo no final para gravar um vídeo. No dia da convocação final, ele disse para o Felipão: 'fique à vontade para fazer a convocação que você quiser'", concluiu sobre o polêmico assunto do relacionamento com Ricardo Teixeira.
A mágoa de Romário com pessoas ligadas à Seleção não se limita ao dirigente máximo do futebol nacional. O ex-atacante também não escondeu a decepção com Mário Jorge Lobo Zagallo.
"Também não coloco a mão no fogo. Alguns técnicos ruins, como o Zagallo, conseguiram ser campeão do mundo. Como treinador ele nunca me disse uma palavra", opinou, de forma polêmica, o jogador, que participou da Copa de 1994 ao lado do então auxiliar técnico no tetracampeonato.
Extremamente crítico em relação aos dirigentes e pessoas mais poderosas do futebol brasileiro, Romário novamente voltou a atacar a preparação do Brasil para a Copa de 2014. O deputado voltou a afirmar que o torneio "será no Brasil, mas não será do povo brasileiro", por conta dos prováveis altos valores dos ingressos.
"O que me agride é o gasto do dinheiro público dos estádios, alguns vão passar de 2 bilhões. Alguns desses terão apenas três jogos da Copa do Mundo e virarão o famoso 'elefante branco'. O gasto é uma brincadeira, e ninguém faz nada. A conta que foi feita há dois anos pelos nossos grandes representantes era de R$ 52 bilhões; agora ela já passa, ainda mais com o trem-bala, dos R$ 60 bilhões. Vamos gastar tudo isso e quem vai ao estádio não é o verdadeiro apaixonado pelo futebol", criticou.
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