sexta-feira, 30 de setembro de 2011

'Soube dos crocodilos depois', diz sobrevivente de queda de helicóptero



Os dois baianos que sofreram um acidente de helicóptero durante uma viagem em Cancún, no México, no dia 18 de setembro, já estão de volta ao Brasil. A aeronave caiu na laguna Nichupté, conhecida por ter crocodilos. Os dois baianos e o piloto, um mexicano, tiveram ferimentos leves.

O administrador Eduardo Abenhaim, de 34 anos, e o estudante Ricardo Correia, de 24, faziam um voo panorâmico na zona hoteleira do balneário de Cancún. Segundo a polícia local, o acidente pode ter sido causado por uma falha mecânica na aeronave, um helicóptero modelo Robinson 44 de quatro lugares.

Em entrevista ao G1 nesta quinta-feira (29), Eduardo contou que cerca de dez minutos após a decolagem, eles começaram a perceber que havia algo de errado. “Ele [o helicóptero] começou a fazer um barulho, depois parou e foi caindo. Entrei em desespero, achei que ia morrer, foi a primeira coisa que pensei”, relata.

O administrador disse que foi o último a conseguir sair do helicóptero já na água. “Quando me dei conta já estava engolindo água, tirei o cinto e saí pelo outro lado do helicóptero. Meu primo e o piloto já haviam saído. Ficamos [ele e o primo] na água e o piloto acenava para a gente subir nos destroços do helicóptero porque o socorro já estava chegando. Só fiquei sabendo dessa história de crocodilos depois. Um dos paramédicos falou: ‘vocês deram muita sorte, além de terem sobrevivido, porque o lago [onde o helicóptero caiu] é cheio de crocodilos’. A história repercutiu rápido”, lembra.

O acidente aconteceu em um domingo, cinco dias após a chegada dos baianos no México. Na madrugada de segunda-feira, os dois já estavam liberados do hospital e retornaram ao Brasil no dia seguinte, como haviam programado.

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