quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Chifres em números: Rio Vermelho tem mais infiéis; na Barra, maioria já levou um chifre


Topa fazer um acordo de sinceridade? Topa? Então vamos lá: você já traiu? Se a resposta for positiva, você está entre os 42,8% dos moradores de Salvador que admitem ter pulado a cerca. Ah, quer dizer que você nunca deu um virote sequer? Parabéns, isto é o que garante 56,7% da população da capital baiana.

Estes números foram apontados na pesquisa sobre Traição e Homofobia realizada entre 30 de agosto e 3 de setembro pelo instituto Futura, parceiro do CORREIO.

No levantamento feito com 601 pessoas, chama a atenção que enquanto 56,7% dos entrevistados asseguram a fidelidade inabalável, 57,2% dizem que já foram traídos. Ou seja, temos mais chifrudos que “chifrantes”, o que já provoca, no mínimo, uma pontiaguda curiosidade.

Vizinhança perigosa
Se você mora com seu parceiro ou parceira no Rio Vermelho ou, mais perigoso, se vocês não moram juntos e a pessoa amada vive no bairro, é bom saber em que bar ela anda.

Foi no reduto da boemia de Salvador que a pesquisa registrou o maior índice de sinceridade: 55,6% dos moradores afirmam que já traíram.

A Liberdade vem em segundo, com 49%, seguido de perto pelo Cabula (48,6%). Para os que pretendem manter o juramento de ser fiel até a morte, a dica é arranjar um cantinho na Boca do Rio, onde 68% dos entrevistados atestam que jamais deram um “ninja”.

Por outro lado, a região da Barra abriga o maior índice de cornos com conhecimento de causa. Ali, 78,9% das pessoas afirmaram já terem sido traídas. Depois vem o Subúrbio (68,4%) e Cajazeiras (66,7). Apesar do tamanho de Brotas e da grande quantidade de pessoas que circula pela área diariamente, quem mora no bairro ainda tem muita fé nos parceiros.
Ao todo, 53,8% dos moradores disseram que nunca levaram “um perdido” - a maior demonstração de autoconfiança da pesquisa.

Dentre todos os recortes para a pergunta “O(A) Sr.(a) já traiu?”, o que mais dá margem à discussão é o de idade. No grupo de 20 a 29 anos, 49,2% disseram que não. O percentual chega a 60,5% no grupo de 40 a 49 anos e oscila para 57,7% na faixa de 50 a 59.

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