quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Na ONU, Dilma defende Palestina e diz ser 'voz da igualdade'


A primeira mulher a abrir uma Assembleia Geral da ONU - honraria tradicionalmente dada ao Brasil - a presidente Dilma Rousseff usou pouco menos de meia hora para pronunciar um discurso forte, emocionado, em que defendeu o reconhecimento do Estado Palestino e afirmou que o "Brasil está pronto para assumir uma cadeira no Conselho de Segurança", o órgão mais importante da entidade.

"Pela primeira vez na história da ONU uma voz feminina inaugura esta sessão. É a voz da democracia e da igualdade. Divido esta emoção com mais da metade das pessoas deste planeta. Na língua portuguesa, esperança, coragem e sinceridade são palavras femininas", disse a presidente, muito aplaudida.

"Sinto-me, aqui, representando todas as mulheres do mundo. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer a seus filhos, as que padecem de doenças e não podem se tratar, aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar. Aquelas que, no trabalho do lar, criam as gerações futuras. Junto minha voz às vozes das mulheres que ousaram lutar, que ousaram participar da luta política e da vida profissional, e conquistaram o espaço de poder que me permite estar aqui hoje. Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da liberdade, da justiça e dos direitos humanos", afirmou.

Ao contrário de anos anteriores, a delegação brasileira não liberou o discurso da presidente, que o chanceler Antônio Patriota anunciara na tarde de ontem como um documento "histórico". De acordo com a assessoria do Itamaraty, a presidente mudou trechos de sua fala até o último minuto, além de abrir espaço para virtuais improvisações.

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