quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ex-prefeito é acusado de dar veneno a outra dezena de cães


O massacre de cães por envenenamento em São Bento de Inhatá, distrito de Amélia Rodrigues, a 84 quilômetros de Salvador, não é novidade para quem vive na região.

Há cinco meses, cerca de 10 animais foram exterminados de maneira semelhante aos 47 mortos na sexta-feira passada, caso denunciado ontem pelo CORREIO.

“Só consegui salvar um cachorro porque quando ele passou mal dei muito leite e óleo. Outros dois morreram vomitando sangue. Com toda certeza foi veneno. Essa situação é lamentável”, lembra o aposentado Fernando do Prado, 61 anos.

A vereadora Maria Quitéria (PMDB) diz que, nos primeiros casos, todos imaginaram que o assassino de cachorros fosse algum ladrão querendo facilitar seu acesso a casas da região.

Mas, depois que diversas testemunhas viram o ex-prefeito de Conceição de Jacuípe, João Barros de Oliveira (PCdoB), conhecido como João de Roque, jogar carne envenenada nas vias de São Bento enquanto circulava numa moto Biz, Quitéria mudou de opinião. “Eu acho que foi ele na primeira vez também. É muita coincidência acontecer da mesma forma. Só que há meses atrás não vimos quem era. Dessa vez, muita gente o flagrou”, afirma.

O caso mais recente chocou a cidade e veio à tona quando 47 cães, três galinhas, um gato e até um urubu apareceram mortos em um raio de 5 quilômetros a partir da fazenda de João de Roque.

A matança pode ter sido uma vingança. “Quem mora perto da fazenda dele diz que alguns cães feriram um bezerro. Talvez por isso ele tenha resolvido acabar com os cães”, diz a vereadora.

Apesar de ter sido visto por diversas pessoas com luvas e um saco amarelo cheio de iscas envenenadas, o ex-prefeito nega as acusações. “Não tenho nada com a última vez (há 5 meses), dessa vez, nem hora alguma. Agora tentarei descobrir quem são as pessoas que estão falando de mim”, avisa João de Roque.

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